As aparências enganam, já diz um velho ditado. No meio político, viver de aparências não é algo incomum. Risos e cumprimentos em frente ao público tentam mostrar uma suposta paz entre os personagens. E os membros do Partido Progressistas (PP) sabem bem disso. No entanto, a paz dita pela legenda, no momento, parece mais uma “guerra fria”.
A mudança da presidência estadual do partido, embora pareça ter sido pacífica, deixou ruídos. Isso quem diz são alguns filiados ao próprio PP. A sigla, que foi comandada por anos pelo ex-deputado federal e atual secretário de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano do Estado, Marcus Vicente, agora tem como presidente Josias Da Vitória, deputado federal.
A resposta oficial do partido para a troca de comando é que Marcus Vicente não tem mandato em Brasília. Em tese, tudo estaria bem. O deputado federal Evair de Melo disse em entrevista ao MovNews que Vicente está tranquilo e não há ruídos dentro da legenda. Porém, nos bastidores, o que se diz é que o ex-presidente do PP não ficou satisfeito em deixar o cargo e que, inclusive, uma reunião acontecerá para que se aparar as arestas.
Uma fonte chegou a mencionar que Marcus Vicente está chateado, mas nada pode fazer.
Protagonismo
Agora comandado por Da Vitória, o PP visa o protagonismo nas eleições municipais de 2024, mas os pensamentos já miram 2026. Durante a entrevista ao MovNews na última semana, Evair de Melo deixou claro que o partido tem o plano de lançar o maior número possível de candidatos aos parlamentos, além de se juntar a outras siglas para tentar a eleição de um grande número de deputados (estaduais e federais), governadores e um presidente de direita no próximo pleito.
Estaria o PP preparando um candidato para o governo do Espírito Santo?
Desconforto com Marcelo Santos
Por falar em protagonismo, o presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), Marcelo Santos (Podemos), anda causando desconforto em alguns parlamentares da Casa. Em um vídeo postado no último sábado (20), Marcelo fala sobre obras entregues no município de Jerônimo Monteiro, no Sul do Estado. Em dado momento, o presidente da Ales puxa para si o papel de autorização para que o governo realize os trabalhos.
“E qual é o meu papel? Autorizar o governo do Estado, junto com meus colegas deputados, para que ele faça esse bom governo, transformando o Espírito Santo ainda num lugar melhor de se viver”, disse o líder do Legislativo estadual.
Alguns parlamentares comentaram nos bastidores que a postura de Marcelo não tem agradado a todos. Segundo eles, o deputado parece ter deixado a presidência ter subido à cabeça, falando em primeira pessoa e não como um colegiado.
E o Tik Tok?
E falando em postura, os vídeos do presidente da Assembleia nas redes sociais também andam gerando comentários nos bastidores. Há quem veja as “dancinhas do Tik Tok” de Marcelo Santos um tanto quanto fora do tom. Houve até quem dissesse que ele deveria ter uma postura mais séria pelo cargo que ocupa.
Seria uma preocupação com a imagem da Casa de Leis ou uma “invejinha” por não ter tanto engajamento na internet?
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