Após o transplante de coração do apresentador Fausto Silva ser um sucesso, muita gente questionou a rapidez que o procedimento foi feito. A cirurgia foi realizada neste domingo (27).
O assunto foi um dos mais comentados da internet, onde muita gente afirmou que ele só conseguiu agilidade no processo porque tem dinheiro. Para o transplante de coração é considerado o quadro de gravidade do paciente. Existem níveis de riscos que definem a ordem de prioridade e o Faustão estava nesta fila já bastante tempo.
Além de tudo, o sistema que faz o cadastro de quem precisa receber transplantes é automatizado e auditável. Não tem como “furar fila”. Por conta da polêmica, o Ministério da Saúde emitiu uma nota sobre a cirurgia do apresentador.
Ao todo, doze pessoas atendiam os requisitos necessários para receber o órgão doado a Faustão. Ele era, de acordo com Central de Transplantes do Estado de São Paulo, o segundo paciente da fila. A equipe médica responsável pelo primeiro da fila recusou o órgão. O motivo da recusa não foi informado, mas geralmente alguns fatores são levados em consideração, como tempo de deslocamento ou possibilidades de rejeição do órgão.


“A seleção gerada para a oferta do coração deste receptor, através do sistema informatizado de gerenciamento do sistema estadual de transplantes, trouxe 12 pacientes que atendiam aos requisitos. Destes, quatro estavam priorizados, sendo que o paciente ocupava a segunda posição nesta seleção”, diz a nota.
Ao final do comunicado, o governo federal “reforça que faz a gestão de todos os transplantes no país justamente para que todos os pacientes, do SUS ou da rede privada, sejam atendidos em situação de igualdade”.
Mas como funciona a prioridade no transplante de coração?
A lista é selecionada por ordem de chegada. Também é levado em consideração a gravidade do quadro, tipo sanguíneo e distância geográfica. O órgão precisa ser retirado do doador e transplantado no receptor em um intervalo de até 4 horas, isso é chamado de tempo de isquemia, o tempo de duração deste órgão fora do corpo.
Brasil tem maior sistema público de transplante de de órgãos do mundo
A estrutura, gerenciada pelo Ministério da Saúde, assegura que 90% das cirurgias atendam à rede pública. No primeiro semestre de 2023, foram realizados 206 transplantes de coração no país, aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Os pacientes, por meio do SUS, recebem assistência integral, universal e gratuita.
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