O verão é a estação do sol, do mar e da diversão. Mas é preciso ter cuidado com a pele, nosso maior órgão e um dos que precisa de bastante atenção.
A dermatologista Thayla Campostrini explica que o contato com o sol, a areia do mar, a piscina e o suor podem influenciar na aparência da pele, além de causar doenças como micose e bicho geográfico. “A maioria dessas doenças são causadas pela exposição a parasitas e fungos encontrados nas áreas da praia”.
Entre as micoses, a especialista aponta que a mais frequente é o pano branco (Pitiríase versicolor). A doença é causada pelo fungo Malassezia furfur, que já existe na pele humana, mas aparece normalmente no verão, uma vez que o calor aumenta a oleosidade da pele.
“São lesões esbranquiçadas, com variações do vermelho ao marrom, que podem aparecer em qualquer parte do corpo. Mas são mais comuns em áreas mais oleosas, como costas, pescoço e couro cabeludo”, explica Campostrini.
Em geral, o tratamento para esse tipo de micose é por via tópica, com a utilização de xampu, gel e creme com antifúngico. Mas é aconselhável uma limpeza bem feita no corpo pós-praia ou piscina e uma consulta com um dermatologista, caso apareçam sinais das doenças.
Já o bicho geográfico, também chamado de larva migrans cutânea, é um parasita presente no intestino e nas fezes de cães e gatos, que provoca uma lesão avermelhada semelhante a um mapa, por isso o nome. “A doença é mais comum em bebês e crianças, pois ficam com mais frequência sentadas nas areias das praias e de parques”.
Além das doenças causadas por fungos e parasitas, as manchas, de forma geral, são condições que podem azedar o verão de muitas pessoas. “Temos a fotodermatose, manchas na pele provocadas por contato com alimentos cítricos, e o melasma, com significativa piora devido ao calor e à exposição ao sol”.
Para não perder a chance de aproveitar o melhor do verão, confira mais informações sobre as doenças de pele mais comuns dessa estação do ano.
1. Micose
Com o aumento das temperaturas, maior umidade e excesso de transpiração, temos um cenário favorável para o desenvolvimento dos fungos causadores da micose. A doença pode atingir a pele, as unhas e o cabelo. Para tentar evitar a condição, a dica é manter a pele seca e fresca, secando bem após o banho as dobras do corpo, como axilas, virilhas e entre os dedos dos pés.
2. Bicho geográfico
Esse parasita vem das fezes de cachorros e gatos e penetra na pele e provoca uma lesão avermelhada semelhante a um mapa, daí a origem do nome. Uma das formas de evitar o problema é evitar contato dos pés com solos contaminados, além da recomendação de não sentar em terrenos arenosos.
3. Brotoeja
A brotoeja é muito comum em bebês e crianças nos dias mais quentes, mas também pode acometer adultos. Manter o ambiente fresco e arejado, com a ajuda de aparelhos de ar-condicionado ou ventiladores, ajudam a evitar a brotoeja. Sempre que possível, dar preferência a roupas de algodão ou fibra natural, pois as feitas em tecido sintético costumam reter o calor e o suor.
4. Fotodermatose
As lesões que parecem queimaduras, mas são causadas pelo contato com alguns alimentos e depois com a exposição ao sol, como limão. A fotodermatose pode deixar marcas irreversíveis na pele. Por isso, é aconselhável lavar bem as mãos após manusear frutas ácidas, além de não esquecer o protetor solar.
5. Melasma
O calor e a maior exposição ao sol no verão podem contribuir para o desenvolvimento ou agravamento do melasma. É importante redobrar os cuidados com a proteção cutânea nesta época do ano, utilizando o filtro solar corretamente, lembrando de aplicar o protetor a cada 3 horas e evitar a exposição direta ao sol nos horários de pico (entre 10h e 16h).