A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) contabiliza 60.577 capixabas que não retornaram ao serviço de saúde para receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Desse total, 34.608 são de pessoas que tomaram a AstraZeneca e 25.969 a CoronaVac.
O levantamento foi feito pelo Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI), a partir do sistema de informação sobre a imunização contra a Covid-19, com dados dos municípios capixabas na plataforma Vacina e Confia.
Ele data os esquemas superiores a 85 dias, da AstraZeneca, de cidadãos que receberam a primeira dose de janeiro até o dia 27 de abril. Também acima dos 29 dias para a CoronaVac, daqueles que receberam a primeira dose entre janeiro e 22 de junho.
“A primeira dose inicia o processo de imunidade, e é com a segunda dose que consolidamos esse processo. Quem deliberadamente não busca pela complementação do esquema vacinal com a D2 contra a Covid-19 está cometendo um ato de irresponsabilidade consigo mesmo e com aqueles com quem convive”, alerta o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.
Reblin ressalta que desde o retorno da produção da vacina Coronavac pelo Instituto Butantan e a distribuição pelo Ministério da Saúde, os municípios já receberam as doses destinadas aos esquemas que se encontravam em atraso.
“O Ministério da Saúde regularizou a distribuição da Coronavac e todas as doses destinadas aos esquemas em atraso foram distribuídas aos municípios, além disso, sob orientação do órgão, temos guardado as D2 de esquemas iniciados como garantia da imunização. O nosso apelo é que, independentemente do tempo de atraso, que a pessoa vá ao serviço de saúde e procure por informações para o agendamento. O importante é completar o esquema”, disse.
Além disso, o subsecretário elencou as estratégias estaduais e o empenho dos municípios para reduzir este número.
“O Estado tem trabalhado para melhor operacionalização na distribuição das doses aos municípios, de forma a enviar em tempo oportuno aquelas destinadas às D2. Além disso, entre as estratégias adotadas pelo Governo, está o serviço de SMS enviado às pessoas que estão com dose em atraso e, junto a ele, o trabalho dos municípios que merece todo o reconhecimento por realizar a busca ativa desses pacientes, por meio de uma listagem que disponibilizamos semanalmente”, informa.
Pfizer
As primeiras doses Pfizer/BioNTech chegaram ao Espírito Santo no início de maio deste ano e sua distribuição se deu, inicialmente à Capital, Vitória, segundo orientação do Ministério da Saúde. Com a suspensão da AstraZeneca em gestantes e puérperas, o Estado passou a dispensar as doses da Pfizer para atender este grupo com distribuição a municípios-polos em 26 de maio, e passou a distribuir aos demais municípios capixabas no início de junho.
Assim, os primeiros esquemas iniciados com este imunizante no Estado datam do início de maio, e a sua complementação ocorrerá a partir do dia 26 de julho, quando completará 84 dias de intervalo (12 semanas). Seguindo a estratégia estadual de operacionalização das doses, elas já estão sendo distribuídas aos municípios para que seja garantido o tempo hábil de organização da aplicação da D2 em cada território.
Em relação ao envio de doses ao Estado e a sua distribuição aos municípios, como a orientação de aplicação de D1 ou D2 e a quais grupos será destinada, o processo é definido pelo Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.
“O Ministério encaminha as doses para que façamos a distribuição, e é ele quem define para quais grupos será destinado, assim como se será distribuída a D1 ou D2 aos municípios. Não é o Estado que toma essa decisão isoladamente”, explica Reblin.
Redação Mov News
Equipe de jornalismo do MovNews