O impacto do voto feminino nas eleições: 81,8 milhões de mulheres definem o futuro do Brasil

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As mulheres representam 52,47% do eleitorado brasileiro, ou seja, 81,8 milhões de eleitoras que decidirão o futuro do país nas próximas eleições. Apesar de a maioria dos políticos eleitos no Brasil serem homens, isso revela que as mulheres não votam necessariamente por gênero. Eles escolhem seus candidatos baseados nas propostas que acreditam ser os melhores para líderes das cidades, estados e o país, independentemente do sexo dos concorrentes.

No entanto, o fato de gênero não é determinante na escolha das mulheres não significa que elas não se importem com políticas que valorizem a força feminina. Esse tema é de grande relevância para o eleitorado feminino, que demonstra posicionamentos excluídos que não consideram a inclusão de pautas externas para elas nos programas de governo.

Os eleitos brasileiros têm sensibilidade específica para questões sociais. Numa análise de 100 mil publicações feitas por mulheres na plataforma X (antigo Twitter), termos como “saúde”, “segurança”, “emprego”, “educação” e “igualdade” se destacam. Entre os temas mais comentados, igualdade de gênero ocupa 31,2% das publicações, com foco em equiparação salarial e combate ao machismo.

Outros tópicos de grande relevância incluem saúde e bem-estar (25,3%), com discussão sobre o acesso a exames especializados, saúde mental e programas de prevenção. A violência contra a mulher surge em 19,8% dos posts, com pedidos por legislações mais rigorosas e campanhas de apoio às vítimas. Educação e capacitação aparecem em 14,7%, com foco em programas de empreendedorismo e bolsas de estudo. Já representatividade e inclusão são incluídas em 9% das postagens, evidenciando a sub-representação feminina em espaços de poder e no mercado de trabalho.

Essas questões têm um peso significativo nas decisões eleitorais das mulheres e refletem a busca por candidatos que não apenas reconheçam essas demandas, mas que também ofereçam soluções concretas.

O comportamento eleitoral no Brasil pode ser comparado ao dos Estados Unidos. Lá, Kamala Harris, candidata democrata, enfrentou o ex-presidente Donald Trump em uma corrida marcada por uma divisão de gênero. Harris liderou entre as mulheres com 21% de vantagem sobre Trump, impulsionada por políticas que defendem os direitos conquistados, especialmente em relação ao aborto e igualdade de gênero. Por outro lado, Trump mantém uma vantagem de 14% entre os homens, com foco em questões econômicas e imigração.

Esse paralelo entre Brasil e Estados Unidos mostra que as mulheres estão cada vez mais conscientes do impacto do seu voto na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. No Brasil, com 81,8 milhões de eleitoras em outubro, ignorar as demandas femininas pode ser um erro fatal para qualquer candidato. A maioria entre os eleitores, as mulheres são a chave para decidir o futuro das prefeituras e câmaras de vereadores nos próximos quatro anos.

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Redação

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