terça-feira, 28 de novembro de 2023
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Deputados capixabas firmam “aliança”, para manter escolas cívico-militares no ES

A novela envolvendo as escolas cívico-militares continua, pelo menos no Espírito Santo. Recentemente o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), anunciou o fim do programa que mantinha estas escolas em todo o País.

Após o anúncio, a prefeitura de Cariacica já havia se manifestado e afirmado que manteria as duas escolas que funcionam neste molde no município. Agora, deputados estaduais afirmam que fecharam uma parceria para criar um projeto de lei para manter as escolas cívico-militares em todo Estado.

A inciativa partiu dos deputados federal Evair de Melo, (PP) e estadual Wellington Callegari (PL). Eles devem apresentar um Projeto de Lei para que o programa também seja mantido pelo governador Renato Casagrande (PSB).

Evair de Melo destacou o modelo e os resultados do programa, aproveitando a oportunidade para parabenizar os governadores que se posicionaram contrários:

“Quero parabenizar os 14 governadores que foram na contramão de Lula e anunciaram a continuidade das escolas cívico-militares. São todos governadores de direita e comprometidos com a educação. Os primeiros que se posicionaram foram Cláudio Castro (RJ), Romeu Zema (MG) e Tarcísio de Freitas (SP). Pena que no Espírito Santo, o governo não teve a mesma atitude”, lamentou.

Já o deputado Wellington Callegari ressaltou que a manutenção do programa é primordial para a formação dos jovens:

“A medida do governo federal tem caráter revanchista e não está baseada em dados. Os resultados do Pecim (Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares) são surpreendentes. Temos vários relatos de pais sobre a evolução do rendimento escolar dos seus filhos. Outra marca importante é a instalação da cultura da paz e a ênfase no respeito à Pátria, a prática da ética e da honestidade. Sendo assim, não vejo motivo algum para suspensão do programa”.

O que diz a oposição?

Procuramos os deputados de oposição para saber o que pensam os parlamentares da decisão, afinal de contas, o programa foi suspeito pelo Governo Federal. Com isto verbas são cortadas e para manter as escolas cívico-militares, o dinheiro deve partir dos cofres do Governo do Estado.

A assessoria de Camila Valdão (PSOL) e João Coser (PT), não se manifestaram. Já Iriny Lopes (PT), por meio de sua assessoria, enviou uma postagem de uma rede social, na qual está a opinião da deputada em relação ao programa.

Na postagem, Iriny afirma que o programa é “um absurdo criado pelo governo anterior numa gestão compartilhada entre Ministério da Educação e da Defesa. No âmbito estadual e municipal, a gestão é compartilhada entre as secretarias de Educação e a Segurança Pública”.

A parlamentar comentou também sobre os investimentos nas escolas militares. “A militarização da educação foi incentivada por Bolsonaro, inclusive no orçamento. Enquanto a implantação do Novo Ensino Médio (questionado também por profissionais da Educação) tinha R$ 33 milhões no orçamento de 2022, os colégios cívico-militares (216 em um universo 178 mil escolas públicas), amealhou quase o dobro de recursos (R$ 64 milhões)”.

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