Aprovada na Câmara dos Deputados por 382 votos a favor e 118 contra, a reforma tributária ainda está sendo comentada, não pelos pontos que foram mantidos ou ficaram de fora da pauta, mas sim pelas únicas três abstenções dos votos. E os votos são de parlamentares do mesmo partido, o Psol.
As três únicas abstenções foram dos deputados federais Glauber Braga (RJ), Sâmia Bomfim (SP) e Fernanda Melchionna (RS), o que gerou uma série de críticas, principalmente através das redes sociais, onde ocupou destaque como os assuntos mais comentados. As abstenções foram contrárias a recomendação do diretório central, que indicava o voto para aprovar a reforma.
No plenário, os parlamentares se justificaram sobre o motivo das abstenções. A presidente do Psol no Espírito Santo, Ane Halama, explica porque os deputados não votaram a favor.
“As justificativas para as abstenções de três de nossos parlamentares são bastante pertinentes, como ausência da alteração à estrutura da cobrança de impostos sobre a renda, os lucros e o patrimônio, os bancos ficarem de fora do sistema de tributação e a ampliação da imunidade tributária para entidades religiosas. Embora o texto tenha avanços, não podemos aceitar avançar a passo de formiga enquanto os desmandos do governo inelegível nos fizeram retroagir a passos largos”, explicou.
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Uma pena os bancos ficarem de fora, justamente os bancos que extraem lucros absurdos em cima do trabalhador
Aliás teve muitas comemorações, como a FIESP que comemorou o fim do IPI. Quando empresário comemora, nesse caso a Federação da Industria (a principal do País) é certeza que a conta fica para a população e não para quem tem dinheiro de verdade. ou seja, taxação das grandes fortunas não rolou.