A região central de Brasília amanheceu nesta terça-feira (13) com sinais dos atos de vandalismo promovidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentaram invadir o edifício-sede da Polícia Federal na noite de segunda.
Grupos extremistas bloquearam avenidas, atearam fogo e causaram transtornos na noite desta segunda-feira (12) após a cerimônia de diplomação de Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a Polícia Federal, os atos de protesto ocorreram em frente ao Congresso, ao Aeroporto Internacional, em shoppings, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel onde Lula e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin estão hospedados.
O tumulto foi iniciado depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão temporária do indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador do presidente Jair Bolsonaro. A prisão foi decretada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) por indícios de crimes de ameaça, perseguição e manifestações antidemocráticas em vários pontos de Brasília.
Revoltados, grupos começaram a tocar fogo em veículos e no meio de vias no centro de Brasília, resultando no fechamento do Setor Hoteleiro Norte e de parte do Eixo Monumental, segundo informou a assessoria de imprensa da Polícia Militar.
Segundo a PM, os manifestantes colocaram fogo em carros e ônibus. Inicialmente a tentativa de invasão na PF foi controlada por unidades da Polícia Militar que estavam no local, mas o protesto cresceu. A assessoria informou que, além das unidades locais, foram acionadas as equipes táticas, o Batalhão de Choque e a equipe de operações especiais para controlar a situação.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informou, por meio de nota, que as forças de segurança reforçaram a atuação em toda área central de Brasília, inclusive nas imediações do hotel em que o presidente da república eleito está hospedado. A vigilância reforçada de Lula é feita por equipes táticas e pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal.