Um dos principais compromissos assumidos pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600, será acompanhada de, ao menos, duas mudanças nas regras atuais.
O benefício voltará a ser concedido mediante acompanhamento familiar, assim como o antigo Bolsa Família, o que incluirá a checagem das carteiras de vacinação e de matrículas escolares no caso de crianças, além do incremento de até R$ 300 se a família atendida tiver dois ou mais menores de seis anos de idade.
Na transição, no entanto, a maior preocupação está relacionada à continuidade dos serviços.
A primeira preocupação do governo eleito diz respeito ao valor. Isso porque a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso prevê, a partir do ano que vem, o pagamento de R$ 405 e não dos atuais R$ 600.
Segundo o deputado federal reeleito Alencar Santana (PT), a bancada petista na Câmara já começará a negociar as alterações necessárias no Orçamento da União para que o valor atual seja assegurado em lei. “Acho muito difícil que mesmo os deputados e partidos que estavam no entorno da candidatura de Jair Bolsonaro vão jogar contra essa política”, disse. A equipe de Lula também reivindicará espaço orçamentário para aumento real do salário mínimo. Estima-se que seriam necessários ao menos R$ 150 bilhões