O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), voltou a convocar seus apoiadores a saírem às ruas no dia 7 de setembro, quando se celebram os 200 anos da Independência do Brasil. Em discurso neste sábado (06), em Recife, o chefe do Executivo repetiu ataques a governadores, disse que o País tem hoje “uma das gasolinas mais baratas do mundo” e acenou para o eleitorado conservador.
“Temos algo tão ou mais importante que a própria vida: a nossa liberdade. E a grande demonstração disso, eu peço a vocês, que seja explicitada no próximo dia 7 de setembro. Estarei às 10 horas da manhã em Brasília, num grande desfile militar, e às 16 horas, em Copacabana, no Rio de Janeiro”, declarou Bolsonaro, a uma plateia de apoiadores.
O presidente estava acompanhado do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, candidato a senador em Pernambuco.
Nas últimas semanas, o chefe do Executivo tem tentado mobilizar sua base para a realização de atos no 7 de setembro, a menos de um mês do primeiro turno das eleições.
Bolsonaro tem dito que Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros vão participar do desfile em Copacabana, no Rio. Na sexta-feira, 5, contudo, o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD), confirmou que a parada militar será na Avenida Presidente Vargas, como ocorre tradicionalmente.
Em 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro foi a manifestações antidemocráticas e chegou a afirmar que não obedeceria mais decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração gerou uma crise institucional do País, apaziguada com uma carta pública de recuo divulgada por Bolsonaro e escrita pelo ex-presidente da República Michel Temer.