As últimas 24 horas têm sido agitadas e o tabuleiro político sofreu algumas reviravoltas aqui no Estado. A primeira peça a cair foi Felipe Rigoni (União). Ontem (27) ele retirou sua pré-candidatura ao governo. Hoje (28), foi a vez de Erick Musso (Republicanos).
Durante todo o processo ficou claro a fragilidade deles. Seja pelas pesquisas divulgadas onde apresentavam baixíssimos índices ou pelos “projetos” pretendidos e o mais importante: o eleitorado.
Como presidente da Assembleia Legislativa, Erick desempenhou/desempenha até um bom trabalho, porém, não conseguiu transformar isso em algo positivo diante de um legislativo pouco atuante nos últimos anos.
As ações de economia, transparência e modernização ficaram restritas àquela casa de leis. Nos bastidores, até dentro do próprio partido, ele não contava com o apoio irrestrito. Agora, anuncia que vai concorrer ao Senado, afastando Sergio Menegueli.
Meneguelli
O ex-prefeito de Colatina estaria furioso com o Republicanos. Acha que foi traído e não deve (por enquanto) aceitar a ideia de ser candidato a deputado estadual. Porém, ficou sem saída.
Rigoni
Deputado de primeiro mandato em Brasília, tentou colocar seu nome, que nunca foi bem aceito pelo mercado. Contraditório em seu mandato e em algumas decisões, desapontou boa parte de seus eleitores, e agora, seus aliados.
Embora tenha declarado que não ficou chateado com a decisão de Rigoni, o médico Gustavo Peixoto e os demais candidatos que vão disputar à Câmara Federal terão que mudar de planos. E o ruído entre eles já começou. Tem gente ameaçando pular do barco.
Apoio
Após a desistência de Erick Musso, a pergunta que fica é: quem o Republicanos vai apoiar para o Governo? Hoje, o mais provável é que o partido caminhe com Guerino Zanon (PSD). Para isso, o partido quer indicar o nome do vice.
Fortalecimento
Se isso acontecer, mais dois partidos devem apoiar Zanon. O Patriotas, comandado pelo deputado estadual Rafael Favatto, e o PSC, que tem como presidente Reginaldo Almeida.
Manato
Se essa configuração realmente acontecer, o isolado da vez passa a ser Manato (PL), que vem sofrendo para conseguir apoio. O ex-deputado sofre resistências até dentro da ala bolsonarista. Muitos acreditavam que o presidente viria ao Estado para chancelar sua candidatura, o que não aconteceu. Este fato levantou desconfiança de muitos.
Idioma diferente
Antes aliados, parece que o prefeito de Cariacica e o ex-prefeito de Viana não estão falando mais a mesma língua. Euclério, inclusive, teria mandado exonerar alguns cargos que foram preenchidos por meio de indicação de Gilson.
Maré não está boa
Realmente Gilson Daniel parece que não vive bom momento na política. Seu partido, o Podemos, não conseguiu montar chapa para deputado federal e agora ele vê seu projeto ruir.
Para não ficar sem mandato, Gilson teria que “descer” e disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.
Poucos Amigos
Durante sua passagem como secretário do governo e, posteriormente, à frente da Secretaria de Planejamento (SEP), Gilson colecionou desafetos e até entre o núcleo duro do governo, não era considerado bem-vindo, de acordo com um palaciano de plantão.