quinta-feira, 28 de março de 2024
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Votação de reajuste para servidores do Estado é adiada para a próxima semana

Votação de reajustes para servidores do Executivo é adiada para a segunda-feira (14). O projeto que concede índice de 6% aos inspetores penitenciários será votado somente após análise dos sete vetos governamentais que trancaram a pauta de votação durante toda a semana, impedindo que tal projeto seja apreciado.

O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), Erick Musso (Republicanos), demonstrou preocupação com o assunto e se exaltou durante a sessão. Para o deputado falta sensibilidade do Governo para aprovar projetos que são de interesse público. 
“Quero mais uma vez me dirigir ao deputado Dary Pagung, e nós estamos no dia 9 de março e eu creio que se for igual à Assembleia a folha de pagamentos do Poder Executivo fecha dia 10. Gostaria de pedir ao líder do Governo para poder destravar a pauta, pois podem ficar sem o aumento os servidores da Polícia Penal. Eu faço este apelo, pois estamos trancando a pauta a pedido do Governo e de sua liderança, mas se fechar a folha, os servidores ficarão sem o reajuste neste mês de março”, reclamou o Presidente da Casa Legislativa.
Musso disse ainda que, vem fazendo a semana toda esse alerta para que a Assembleia não seja taxada como culpada nesses entraves que vem acontecendo. “Estou fazendo este alerta, para depois não vir meia dúzia de ‘gaiato’ do Governo dizer ser culpa da Assembleia. Eu não vou admitir isso de novo, essas atitudes já aconteceram antes do Carnaval e engoli seco. Venho alertando isso desde segunda-feira (07). Com todo respeito é regimental, mas estou preocupado com a categoria”, continuou. 
Erick Musso foi taxativo e disse que existem integrantes do Governo que estão soltando fake news em grupos de WhatsApp com o intuito de passar para a população que os deputados que não pertencem à base aliada do Poder Executivo estão atrapalhando a aprovação dos projetos.     
Sergio Majeski (PSB) destacou que existem muitos projetos parados nas Comissões Permanentes e deveriam já estar na pauta para serem apreciados. Foto: Ana Salles
Parlamentares se posicionaram
O deputado Sergio Majeski (PSB), concordou com o posicionamento de Erick Musso, em relação à preocupação de aprovar o quanto antes o reajuste dos policiais penais. 
“Nós estamos no início do ano ainda, mas antes do Carnaval tivemos várias sessões com a pauta travada e derrubada. E nós não começamos o ano ainda, e dizem que no Brasil o ano começa somente após o Carnaval. E as três sessões desta semana ficaram com a pauta travada. Nós sabemos que este ano é complexo, pois é ano de eleição. E vamos falar o que é verdade, ano como este os Parlamentos de uma forma geral não funcionam muito bem. Muitas das vezes as pessoas estão mais preocupadas com a corrida eleitoral do que com o trabalho aqui”, afirmou. 
Majeski disse ainda que existe uma grande quantidade de projetos parados nas Comissões Permanentes e deveriam já estar na pauta para serem apreciados. O parlamentar relatou que projetos de sua autoria permanecem na mesma comissão há três anos. “Essa semana foi para o brejo. Três sessões e não votamos nada. Não há motivos para travar as pautas como vem acontecendo”, concluiu.
Um dos deputados mais antigos na Ales, Doutor Hércules (MDB), lamentou que o Parlamento não tenha trabalhado esta semana. “Quero lamentar não ter votado nada. Mas estão dizendo que a folha será paga retroativamente. Se vão ter que pagar porque não pagam logo. Dary conversa com o Governo para podermos destravar a pauta”, suplicou.
Segundo o deputado Danilo Bahiense (PL), os policiais penais estão cobrando dos parlamentares a aprovação o quanto antes desse reajuste, e estão culpando até o deputado Dary Pagung pelo atraso.
Embate entre Dary e Musso
O deputado Dary Pagung (PSB) prometeu que na próxima segunda-feira (14) seria liberada a pauta e com isso será aprovado o reajuste dos policiais penais. No entanto, pediu que Musso colocasse na pauta o reajuste da categoria dos Consultores e Auditores do Tesouro estadual.
De forma virtual, o deputado Dary Pagung (PSB) tentou esclarecer o motivo da permanência da pauta trancada. Foto: Lucas S. Costa/Ales
O presidente do Legislativo não gostou da estratégia do Executivo. “Se o Governo condicionar uma votação a outra vai me pressionar. Eles vão dar ‘murro em ponta de faca’ aviso logo”. 
Musso questionou o percentual calculado para cada categoria. “Algo está errado, pois uma categoria ganha 6% e a outra ganha 42%. Essa diferença cheira a ano eleitoral”, finalizou. 
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