Enfurecido pela derrubada da polêmica Sessão em Homenagem à Ditadura Militar, o deputado estadual Capitão Assumção partiu para cima da deputada Janete de Sá nesta quarta-feira (30). Assunção disse que não aceitava as justificativas de Janete e colocou o dedo em direção a sua face.
Janete encarou o deputado e não se intimidou. Disse que ele não podia se comportar daquela maneira em plenário.
Por 15 votos contra 6, a Assembleia cancelou na manhã desta quarta-feira (30) a sessão em homenagem à ditadura militar proposta pelo deputado estadual Capitão Assumção e que ocorreria amanhã, dia 31 de março. A sessão gerou protestos e repúdio de vários setores da sociedade.
Ainda ontem, a deputada Iriny Lopes protocolou um requerimento cancelando a sessão, que foi votado na manhã desta quarta-feira (30). Assumção, em seu discurso, defendeu a sessão, apresentando um convite afirmando que seria sobre a Marcha da Família.
No requerimento da sessão, porém, a inscrição era de “Sessão Especial em alusão aos 58 anos da revolução de 31 de março de 1964”, e, ontem, sua assessoria confirmou que haveria homenageados e entrega de honrarias, negou, porém, passar quem seriam os homenageados.
Já Iriny alegou que não há o que comemorar sobre um período triste da história, em que políticos foram cassados, pessoas torturadas e mortas e que apologia à tortura e à violência é crime. Após a defesa dos dois, o presidente da Ales, Erick Musso, colocou o requerimento em votação.
Votaram pelo cancelamento da sessão: Iriny, Sergio Majeski, Raquel Lessa, Marcos Madureira, Marcos Garcia, Luiz Durão, Luciano Machado, Janete de Sá, Adilson Espíndula, Bruno Lamas, Dary Pagung, Emilio Mameri, Freitas, Gandini e Hudson Leal.
Já os deputados Capitão Assumção, Carlos Von, Danilo Bahiense, Marcos Mansur, Theodorico Ferraço e Torino Marques votaram contra o requerimento da Iriny e a favor de manter a sessão.
Outros oito deputados não votaram. São eles: Alexandre Xambinho, Coronel Quintino, Hércules Silveira, Rafael Favatto, José Esmeraldo, Marcelo Santos, Renzo e Vandinho Leite. O presidente, Erick Musso, não vota.
Nossos políticos poderiam tomar um banho de educação, respeito, e dignidade