sexta-feira, 29 de março de 2024
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Alckmin acerta filiação com PSB e está cada vez mais perto de ser vice de Lula

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, vai se filiar ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (07), durante encontro com o presidente do partido Carlos Siqueira. A data da cerimônia de filiação ainda não foi divulgada.  
Após a oficialização de filiação partidária, tudo leva a crer que Alckmin será vice do então pré-candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na reunião estiveram presentes o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira; o ex-governador Márcio França; o prefeito do Recife, João Campos; e o presidente estadual do PSB de São Paulo, Jonas Donizette. 
Muito entusiasmado, o líder pessebista  Carlos Siqueira, disse que o encontro foi produtivo. “Ficou acertado que ele entra no PSB, só falta agora a data da filiação. A conversa foi excelente”, afirmou.
Apesar presidente do partido informar que é certa a filiação do ex-governador, Alckmin afirmou ter mantido uma conversa de caráter negocial com a cúpula nacional do PSB mas não confirmou a informação. “Foi uma conversa muito boa, muito positiva. Mas não tem decisão ainda sobre a filiação partidária. A decisão vai ser um pouquinho mais para frente”, relata.
Com esse passo sendo dado, falta apenas o acerto entre o PSB e o Partido dos Trabalhadores (PT) para selarem a federação partidária e concorrerem juntos à presidência da República, nas eleições de outubro. 
Presidentes do PT e PSB, em reunião para debater a federação partidária na sede do PSB. Foto: Divulgação
Lula não esconde a vontade de ter Alckmin ao seu lado e em diversas entrevistas disse que pretende ainda neste mês de março, formalizar a sua pré-candidatura contando com o vice no lançamento da chapa. 
O presidente estadual dos pessebistas em São Paulo, Jonas Donizette, relatou que Alckmin deverá participar de evento partidário no próximo sábado, no entanto a filiação poderá acontecer somente na próxima semana. Tudo será organizado pelo  presidente nacional do PSB. 
Geraldo Alckmin foi cortejado por diversos partidos políticos após anunciar a sua desfiliação do PSDB – partido no qual esteve filiado durante 33 anos – e recebeu convites das siglas do PV e Solidariedade para se filiar e integrar a chapa eleitoral de Lula.
De acordo com petistas e também lideranças do próprio PSB, a filiação de Alckmin faz com que o ex-governador Márcio França perca forças em sua pré-candidatura nas eleições de outubro visando o governo paulista. Abrindo caminho para o então, pré-candidato do PT, Fernando Haddad, que lidera as pesquisas eleitorais. França deverá se contentar com a vaga ao Senado que será apoiada pelos petistas. 
Vai acontecer a Federação Partidária?
Desde a criação da possibilidade de federação partidária aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado, petistas e pessebistas tentam se unir para voarem juntos aos principais pontos políticos do Brasil. Após esse princípio de resolução nas arestas estremecidas por causa desta junção, os líderes partidários do PT e PSB precisam também resolver alguns impasses a níveis estaduais para selar de vez essa união.  
A deputada federal Marília Arraes (PE) é um dos nomes que pode deixar o PT, pois a parlamentar externou a vontade de disputar a vaga ao Senado ou o Governo de Pernambuco na eleição deste ano, e pela sigla petista isso não é possível. Já o PSB, se divide em quatro Estados quando a conversa é se aliar aos petistas, pois as lideranças pessebistas estaduais querem se lançar como candidatos aos Governos estaduais nas eleições de outubro.  
Integrantes do PSB que pretendem concorrer aos seus respectivos governos estaduais não querem ser atrapalhados pela federação partidária. Foto: Divulgação – Montagem: Kebim Tamanini
As disputas ocorrem no Espírito Santo, com o governador Renato Casagrande;  em São Paulo, com o ex-governador Márcio França; em Pernambuco com João Campos, atual prefeito do Recife; e no Rio Grande do Sul, com o ex-deputado federal Beto Albuquerque.
Com a intenção de evitar uma divisão da esquerda, o líder petista e ex-presidente Lula vem tentando incansavelmente propor uma federação partidária – consiste na união das siglas que atuará como se fosse um só partido antes e depois das eleições – entre PSB, o PV e o PC do B. No entanto, as negociações teriam esfriado após um impasse entre PSB e PT, no qual ambos pretendem disputar o Governo paulista, onde petistas e pessebistas lideram as pesquisas eleitorais.
Resta saber se com a filiação de Alckmin ao PSB, as tratativas voltaram a esquentar entre os principais líderes das legendas. A impressão é de que as negociações não estão longe do fim, segundo o próprio líder petista, Lula, que anunciará sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, agora na segunda quinzena de março.
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