quinta-feira, 28 de março de 2024
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Pré-candidato Aridelmo se diz “Totalmente contra o fundo eleitoral”

No terceiro episódio da série que entrevista os pré-candidatos ao Governo do Estado, o programa Movimento Político com Edilson Lucas do Amaral recebeu o pré-candidato Aridelmo Teixeira (Novo).

Aridelmo atualmente é Secretário da Fazenda da Prefeitura de Vitória, tem um histórico acadêmico em Ciências Contábeis, é cofundador da Fucape e já foi candidato ao Governo nas eleições de 2018 pelo PTB. Na época, Aridelmo Teixeira recebeu 62.821 votos (3,25%) e finalizou sua participação em 5º dentre os seis candidatos que concorreram ao Palácio.

A seguir, alguns trechos da entrevista.

O mercado político precisa saber: Aridelmo é pré-candidato às próximas eleições a governador? E o partido, já está definido?

“Objetivamente, sim é a resposta para a primeira pergunta. Estou selecionado pelo partido, e quando eu falo selecionado é processo seletivo mesmo, porque o partido que é o Novo – o partido que eu estou – ele tem um princípio totalmente diferente dos demais partidos. Qualquer cidadão que seja filiado, ou queira se filiar, pode se candidatar, só que tem que passar por um processo seletivo. No meu caso, que é para governador, são 9 etapas. Passa por psicólogo, investigação de carreira e capacidade técnica para assumir aquele cargo. Então eu estou aprovado no processo seletivo do Novo após as nove etapas para ser o pré-candidato a ser definido lá na convenção, lá no prazo eleitoral que é em julho. Então sim, serei candidato a governador após a fase da pré-candidatura, mas hoje estou pré-candidato pelo Partido Novo.”

É notório essa questão de capacidade, de sucesso, de êxito na gestão privada. Como é esse dualismo na gestão privada com a gestão pública? É a mesma coisa ou há muita dificuldade?

“Apesar de aparecer para o público a partir de 2018, eu iniciei paralelo a minha carreira empresarial. Desde 2008 que eu venho me dedicando como voluntário; em estar junto de movimentos organizados que busquem ajudar o poder público – seja municipal, estadual ou federal – na consolidação de políticas públicas que melhorem a vida das pessoas. Em 2018, o nosso principal projeto no Estado era a Escola Viva. Eu fui lá em Pernambuco onde juntamos os empresários, conduzimos o processo e implementamos o processo. Estávamos com 36 escolas, ou seja: estávamos entregando um modelo de desenvolvimento educacional para a nossa sociedade, todo ele com recurso privado. Quando chegou a época de eleição, um dos candidatos com probabilidade de ganhar, a plataforma principal dele era o quê? Fazer a velha política, acabar com aquilo ali, porque era início de gestão de um partido anterior. Aí eu falei ‘não dá para ficar mais nos bastidores, né?’. Fui pro embate e isso preservou o empreendimento, e eles mudaram a Escola Viva; tiraram boa parte das características importantes no processo, mas o projeto não morreu. E eu percebi ali que a classe política tradicional; aquele que depende de ser eleito porque se não, não tem como se sustentar, boa parte dessas pessoas fazem qualquer coisa para se eleger e a única coisa que não tá na mente delas é resolver o problema da população. Quer resolver o problema dele; quer ser eleito e faz qualquer negócio. Então eu decidi naquele momento que eu iria me organizar junto com aqueles que tivessem os mesmos valores (…). Sobre essa pergunta que você colocou, todo mundo fala hoje: ‘Pô Aridelmo, você foi fundador lá junto com Valcemiro na Fucape, vocês têm uma das principais escolas de cursos no Ensino Superior, o melhor curso de Economia do Brasil, o melhor doutorado profissional em Contabilidade do Brasil.’ Ou seja: Não é pouco para uma instituição privada de 20 anos. ‘Pô, mas você foi bem sucedido na iniciativa privada, será que vai ser o mesmo na Pública?’ Olha, o princípio é o mesmo, cuidar do dinheiro como se estivesse cuidando do seu. Se você adotar as técnicas que a ciência e a administração colocam a sua disposição, tanto faz no público ou no privado.”

O Senhor é contra o fundo eleitoral?

“Totalmente contra (…) O meu partido tem hoje 86 milhões em caixa, só que ele não consegue devolver o dinheiro, então ele não usa. Já entramos com projeto de lei para que a gente pudesse devolver (…) se eu devolvo, sabe o que acontece? Volta pro TSL e divide entre os outros partidos. Então hoje nós estamos querendo construir um novo modelo político que é as pessoas que querem se comprometer, entregar, resolver o problema do seu cidadão comum. Porque você olha os grandes projetos é tudo casca, nunca chega lá na Dona Maria; no seu João para receber o problema dele que é o emprego, que é a renda, que é uma escola de qualidade pro filho dele. A Dona Maria fica lá esperando o quê? Uma qualidade na educação que não consegue transformar porque ela é muito de baixo nível.”

Aridelmo graduou-se em Ciências Contábeis pela Ufes, tem mestrado em Ciências Contábeis pela FGV e cursou doutorado pela USP. Natural de Governador Valadares, Aridelmo, além de político, é pai e esposo.

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