O Ministério Público Eleitoral (MPE), pela Promotoria de Justiça de Ibitirama, entrou com um pedido de cassação da chapa formada pelo prefeito de Iúna, Romário Batista (PP) e o vice Cláudio Deps (MDB), por compra de voto durante as eleições de 2020.
No dia da eleição, a chapa teria distribuído para um grande número de pessoas camisas amarelas, cor da campanha, como forma de obter votos, aponta a representação. O promotor de Justiça da 18ª Zona Eleitoral, Matheus Lemes Novaes, que é responsável pela ação, ressalta que recebeu fotos, imagens e ainda boletins de ocorrência que comprovam o ato ilegal.
No dia anterior à eleição, a representação também teve evidências de que publicações em redes sociais pediam que eleitores fossem votar com camisa amarela.
Uma testemunha relatou que recebeu dinheiro de um vereador da base eleitoral do atual prefeito, consta no documento, para distribuir as camisas, o que configura compra de votos, situação que é vedada pela legislação.
Pela pequena diferença de votos no resultado final, Romário venceu o adversário por 138 votos, o entendimento do promotor é que o ato foi relevante para “influenciar significativamente o pleito”.
A representação foi protocolada no dia 21 de março. Lemes Novaes pede aplicação de multa e cassação da chapa.
Em posicionamento, o prefeito Romário Batista diz estar “com a consciência limpa e que não houve nenhum ilícito eleitoral”. Ele afirma estar convicto de que “tudo será plenamente esclarecido. Nossa defesa tem sido combativa, trazendo a verdade em cada fase do processual. Acreditamos na justiça”.
Redação Mov News
Equipe de jornalismo do MovNews