Após o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou que o uso de máscaras em ambientes ao ar livre, sem aglomeração, poderá ser desobrigado na cidade do Rio de Janeiro já no próximo dia 15, a capixaba professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e epidemiologista, Ethel Maciel, deu sua opinião após ser questionada sobre a decisão nas redes sociais.
De acordo com Ethel, não são os políticos que devem ditar quando a pandemia acaba ou quando a população poderá deixar de usar máscara, e sim os indicadores epidemiológicos da pandemia e seu controle global. Ainda para ela, não basta a pandemia estar controlada em apenas uma cidade cidade, a não ser que seja uma ilha sem nenhum contato com o mundo continental.


“Precoce e incerto. Complicado as autoridades políticas definirem data para algo que não temos ainda controle. A pandemia segue entre nós, com número de casos e óbitos preocupantes. Muita cautela e vamos seguir os indicadores epidemiológicos da doença. Use máscara”, disse a epidemiologista.
Ethel ainda ressaltou que o uso de máscara em locais com aglomerações como transporte coletivos, escolas, supermercados, academias e outros, muito provavelmente deverão continuar por mais tempo, até que a pandemia esteja controlada globalmente.
Flexibilização no RJ
No documento, a segunda etapa de redução das medidas restritivas prevê que, com 65% da população com esquema vacinal completo, haverá desobrigação no uso de máscaras em locais abertos sem aglomeração, mantendo sua utilização obrigatória onde não se consiga manter o distanciamento.
Ainda na segunda etapa, está prevista a permissão para realização de eventos em locais abertos, com restrição até mil pessoas, com uso de máscara obrigatório. Também haverá abertura de boates, danceterias, casas de show e festas, em locais fechados, somente para pessoas com esquema vacinal completo, com 50% da capacidade do ambiente.
Na terceira etapa, prevista pelo prefeito para ocorrer em 15 de novembro, quando haveria 75% da população com esquema vacinal completo, haverá manutenção de máscaras somente em ambientes hospitalares e transporte público, com livre circulação, sem restrições de capacidade e distanciamento.