Encaradas, comemorações provocativas e proximidade com o público são alguns aspectos que tornam a Copa do Mundo de 2022 a mais “Maradoniana” da carreira de Lionel Messi. Na despedida do torneio em sua quinta participação, o craque da camisa 10 e capitão da Argentina está a dois jogos de alcançar um título inédito e a aceitação completa no país natal.
Nesta terça-feira (13), a partir das 16h, no estádio Lusail, a Argentina encara a Croácia por uma vaga na final do Mundial do Catar. Messi chega para o confronto não só como o craque reconhecido de toda uma geração, mas também como um líder que compra as brigas e responde a declarações consideradas ofensivas.
Messi hoje é um líder próximo do que Maradona era na década de 1980, especialmente quando capitaneou a seleção argentina na Copa de 1986, justamente o ano do último título alviceleste. De jogador calado e recluso, o atual camisa 10 se tornou um capitão mais participativo também sem a bola nos pés.
O auge deste “maradonismo” de Messi na Copa ocorreu no confronto de quartas de final contra a Holanda. Ao anotar um gol de pênalti, o camisa 10 comemorou diante de Louis Van Gaal, a quem depois da classificação cobrou por declarações pré-jogo.
Durante o jogo, o craque trocou provocações com adversários e se irritou principalmente com Weghorst, alvo inclusive da icônica frase “que foi, bobo?”, já um dos momentos mais marcantes da campanha. Messi se incomodou com o fato de o holandês encará-lo depois do duelo de sexta-feira.
A postura tem despertado elogios. Jorge Valdano, campeão da Copa de 1986, quando Maradona “maradoneou”, fez uma comparação direta de Messi com o maior craque da história do futebol argentino, falecido há pouco mais de dois anos.
“Messi está maradoneando neste Mundial. Ele está mostrando a essência do futebol. É fascinante vê-lo nestes momentos. Não sobra energia e tem que explorar até a última gota de talento. Quem não ama Messi, não ama futebol”, disse em entrevista à “TyC Sports”.
O Messi “Maradoniano” também entra em campo. O craque é o grande protagonista da campanha da Argentina até a semifinal, participando de seis dos nove gols da equipe no Mundial. São quatro gols e duas assistências para o capitão. As informações são do GE.