sexta-feira, 19 de abril de 2024
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Capixabas de malas prontas para a Copa do Mundo do Catar

O amor pelo futebol não tem limites! A Copa do Mundo do Catar, que acontece em novembro deste ano, traz algumas peculiaridades. Além de ser a primeira no Oriente Médio, é, sem medo de errar, a Copa mais cara da história para o torcedor brasileiro. O motivo é simples: o preço do dólar americano, moeda que vale praticamente cinco vezes mais do que Real.

Mesmo assim, o grupo formado pelos empresários André Busato, Renato Pessoa e mais dois amigos que preferiram não participar da reportagem, não abre mão de acompanhar de dentro dos estádios os jogos da Seleção Brasileira comandada pelo técnico Tite.

Brasileiros pelo mundo, profissionais e turistas.

Eles garantem que os preços dos ingressos e todos os custos da viagem – hotel, alimentação e transporte – além dos perrengues que uma aventura dessa fornece, não intimida e nem tira a confiança do “esquadrão capixaba”, que já esteve em outras quatro Copas do Mundo: Alemanha (2006), África do Sul (2010), Brasil (2014) e Rússia (2018).

O quarteto tem muita história na bagagem e por isso a reportagem do MovNews conversou com eles para saber como anda a preparação para a Copa do Catar, as expectativas e os desafios que irão encarar nessa nova aventura futebolística.

Dor no bolso

Já vamos começar falando sobre preço. A estimativa é que os gastos para ver a bola rolar no Oriente Médio possa chegar a R$ 80 mil.

“Essa será a Copa do Mundo mais cara de todas. Pelo que estamos projetando, o valor gasto será mais do que o dobro da última Copa, na Rússia”, disse Renato “Zaca”.

Para Buzato, a dificuldade e o valor alto das passagens aéreas é por conta do torneio ser disputado no final do ano. “A demanda é muito alta, o que encarece o preço” afirmou.

Restrições no Catar

O local também gera curiosidade por conta dos costumes, que implica em várias restrições. Mesmo assim, os amigos capixabas esperam que o Catar, ao entrar em acordo com a Fifa, diminua essas barreiras para que os torcedores possam ficar mais a vontade no período em que estiverem no país do Oriente Médio.

Busato acredita que o governo local entrará em um acordo com a Fifa: “Deve prevalecer o bom senso”, afirma e cita outras ocasiões em que a direção de outros países impôs restrições.

“Na Copa da Rússia foi a mesma coisa. Mas foi liberado e dentro de uma ordem. No Peru, na partida da final da Libertadores em 2019 entre Flamengo e River, não podia beber dentro do estádio. Mas nas áreas de concentrações festivas das torcidas era permitido”, lembrou.

“Durante a Copa, as restrições normalmente são bem menores. Tem as festas onde se pode beber cerveja, andar com roupas normais. Pelo alto número de estrangeiros, a questão de vestimenta é bem mais tranquila em relação ao Emirados Árabes, por exemplo”, finaliza Zaca.

Sobre o preço da cerveja, que pode ser bem “salgado”, Busato informou que deverá diminuir o consumo: “Mas não vamos deixar de beber”, garantiu.

Só entra com ingresso

A entrada no Catar é bem rígida. O acesso só será permitido se o torcedor tiver em mãos os ingressos dos jogos, a reserva da hospedagem e as passagens de ida e de volta garantidas. Desta forma, é concedido uma espécie de visto temporário, chamado de Fan ID.

Esse expediente também foi utilizado na Copa da Rússia, com um crachá que os torcedores utilizavam em todas as áreas públicas, até mesmo para pegar ônibus ou metrô para ir aos jogos.

Clima quente

O calor escaldante também pode ser um empecilho para os torcedores mais desavisados. Mas André Busato já tem na ponta da língua a receita para fugir dos percalços climáticos no Catar.

“Em vários lugares públicos como hotel, ônibus, metrô, lojas e os próprios estádios têm ar-condicionado. Aí vai do cara, se ele quiser ficar no meio da rua, no sol ou se abrigar em algum desses locais. Basta usar a cabeça para não sofrer com isso”, disse Busato.

Esposa azarada agora fica em casa

André Busato tem uma história bem curiosa sobre Copa do Mundo. Ele revela que até 2014 nunca tinha visto o Brasil perder um jogo com ele presente no estádio.

Não tinha. Porque na Copa do Mundo do Brasil, Busato e a esposa Darleana, acompanharam ao vivo, no Mineirão, o fatídico 7 a 1. E quem “pagou o pato”? A coitada da esposa, que agora acompanha de casa os jogos para afastar o mau agouro. Mas é claro que ela ganha um presentinho do maridão para compensar a ausência nos estádios.

“Eu nunca tinha visto o Brasil perder, seja em Copa América, em Copa do Mundo ou em Olimpíadas. Aí fui inventar de levar ela naquela semifinal do Brasil com a Alemanha. Agora, para afastar esse pé-frio dela, fizemos uma negociação: eu vou pra Copa e depois a gente faz uma viagem em família para dar uma compensada (risos)”.

Seleção

Sobre a Seleção Brasileira, o empresário dá os seus palpites sobre a lista de jogadores do técnico Tite. Ele acredita que não deverá ter surpresas, mas arrisca em dizer nomes que podem surpreender. “Gostaria de ver o Hulk e o Pedro também”, disse, acrescentando que o jogador do Flamengo vive um bom momento, melhor que o seu companheiro de time, o atacante Gabigol.

“Acho que o Gabigol deve ficar de fora, pois pode arrumar problemas pelo seu temperamento explosivo”.

Agora sobre quem não deveria ser convocado, Busato também não esconde o jogo. “Não levaria o Daniel Alves. Já tem uma certa idade e pode se machucar e prejudicar o time”, informou, justificando que uma eventual convocação do jogador se dá pela carência de nomes para a posição de lateral na Seleção.

Mesmo tirando a euforia e a emoção de torcedor, o empresário acredita que o time comandado por Tite possa trazer o hexa. “A união e o comprometimento faz a coisa fluir. Acredito que o time possa ser campeão transformando a técnica em resultados”.

Neymar

Sobre o principal nome da Seleção, Busato não tem papas na língua: “Já passou da hora do Neymar amadurecer. Ele precisa entender a lógica do campeonato. Não tem como piscar o olho. É um torneio rápido”, disse, acrescentando que o craque deve jogar com espírito de equipe.

“Parece que ele está preocupado em jogar para aparecer mais do que para a própria Seleção”.

Sobre a fama de “cai-cai” do jogador, ele também comentou. “Está na hora do jogador brasileiro entender que cair e ficar encenando já era. O tempo que ele fica fazendo isso poderia voltar para ajudar na marcação”, finalizou ele dizendo que pode ser a última Copa de Neymar.

Embarque

A sorte parece estar do lado dos capixabas. O grupo de amigos tem previsão de embarcar rumo ao Catar por volta do dia 21 de novembro. Busato afirma que ainda não pesquisou nada sobre o país e não programou nenhum passeio, mas que deverá organizar alguma saída por lá.

“Além de assistir aos jogos e ser fã do esporte, aprecio a cultura e a culinária locais”, destacou.

Se a data de ida for confirmada, o quarteto vai conseguir assistir a estreia do Brasil na Copa, marcada para o dia 24, contra a Sérvia, algo que já era considerado fora dos planos.

Hexa

O empresário acredita que o hexa virá este ano. Isso por conta de que nessa Copa, o grupo se programou para ficar até a partida final.

“Geralmente ficávamos até a fase de grupos. Independente do Brasil ficar até a final ou não, vamos assistir todas as partidas deste mundial. Estamos confiantes que o hexa vem”, concluiu Busato.

 

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