segunda-feira, 4 de dezembro de 2023
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Situação delicada; Ministério do turismo vai avaliar modelo de negócio da agência 123Milhas

A situação da agência de viagens 123Milhas parece insustentável. Especialistas apontam irregularidades na forma que a empresa atua, que seria apenas uma intermediária entre as agências de viagens e pessoas que possuem milhas acumuladas.

A operação não se sustentou de forma que a 123Milhas suspendesse pacotes de viagens já negociados que valem de setembro a dezembro deste ano. Ou seja, quem comprou, não vai viajar. Novas passagens também não serão emitidas.

O publicitário João Rodrigues Costa comprou um pacote de 3 passagens para viajar com a esposa e a filha. Juntou dinheiro para conhecer a Disney. Ele recebeu o aviso de que as passagens estariam suspensas. As passagens eram para Orlando, nos Estados Unidos. O valor foi dividido em 4 vezes e estava pago desde junho. “Agora não devo viajar com a família”, disse em tom de tristeza.

“O sonho era de conhecer a América, agora vou ter que viajar para Colatina mesmo, ver a família”. João Rodrigues.

Ele disse que chegou a receber um voucher para viajar em outro período, mas não acredita muito que vai conseguir. O publicitário disse também que vai acionar o Procon.

Ministério do turismo avalia 123Milhas

As reclamações de golpe e o tanto de pessoas lesadas com a atual situação, levou o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmar nesta terça-feira, (22), que vai avaliar o modelo de negócio praticado pela agência de viagens 123Milhas. A empresa suspendeu, de setembro a dezembro de 2023, pacotes de viagens e a emissão de passagens promocionais, com datas flexíveis para uso.

“Algumas empresas têm milhagens aéreas no mercado na mão de clientes com o valor nominal muito parecido ao atual da empresa. Então, nós estamos analisando isso [o modelo do negócio]. Temos técnicos muito competentes do Ministério [do Turismo] para avaliar o modelo de negócio praticado por essa companhia”, adiantou o ministro.

Brasília (DF) 22/08/2023 Ministro do Turismo, Celso Sabino, na comissão de Turismo do Senado. Foto Lula Marques/ Agência Brasil

“Se o modelo de negócio é seguro, possui eficiência, eficácia e é um modelo que vai ajudar a desenvolver o turismo no Brasil, ótimo. Nesse caso específico, dessa companhia, vamos identificar quem são os culpados e não penalizaremos os consumidores. Ou, a segunda conclusão poderá ser: ‘esse modelo de negócio é arriscado, é perigoso e não possui sustentabilidade’. Aí, o governo vai atuar a fim de garantir: primeiro, a economia nacional, o direito do consumidor e a proteção do cidadão brasileiro”, destacou.

Na tarde dessa segunda-feira (21), a agência 123Milhas já teve o cadastro no sistema de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor de turismo (Cadastur), suspenso pelo governo federal. Com isso a empresa fica impedida, por exemplo, de tomar empréstimos, de ser beneficiada de programas federais e perde acesso à medida fiscal do Pedido de Revisão de Ordem de Emissão de Incentivos Fiscais (Perc).

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