Cresceu em 18,7% a quantidade de capixabas com porte nos quatro primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Para você ter uma ideia, de janeiro a abril, 753 pessoas foram autorizadas a circular com armas, contra 634 no mesmo período de 2021.
Por outro lado, o número de cidadãos com posse de arma, ou seja, que podem ter o objeto, desde que ele fique dentro de casa, caiu de 2.974 para 2.822
Segundo o advogado criminalista Jonatan Schneider, uma explicação para esse crescimento é o discurso em defesa do armamento massificado pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, e muitos dos seus apoiadores.
“Muitas pessoas sabem da política armamentista do governo Bolsonaro. Portanto, mais pessoas buscam ter o porte e registro de armas. Mas acho que é importante as pessoas saberem a diferença entre porte e registro de ama. No porte de arma, a pessoa tem o direito de andar com a arma na rua. Porém, para o registro de arma, o cidadão tem direito de ter a arma em sua residência”.
Ele complementa:


Ao me ver, o cidadão deveria confiar na Justiça e nas leis. Deixar para ter a arma quem realmente tem a capacidade técnica para ter”, reforça o advogado.
Confira alguns dos requisitos para o porte e registro de arma:
- Ter residência fixa;
- Não ter incidente criminal;
- Ter trabalho lícito;
- Fazer curso de tiro;
- Ter feito exame psicológico.
Número de homicídios em queda no Estado
O Governo do Espírito Santo informou que fechou o ano de 2021 com o segundo menor número de homicídios desde 1996, com registro de 1.060 assassinatos. Com esse resultado, o triênio (2019, 20 e 21) passa a ser o período com menor número de mortes violentas no Estado dentro da série histórica, sendo 2019 com a maior redução, quando foram contabilizados 984 crimes, justamente o período em que foi retomado o programa Estado Presente em Defesa da Vida pelo governador Renato Casagrande.