Em operação da Polícia Federal (PF), um homem foi preso em São Mateus, no Norte do Espírito Santo, na manhã desta quarta-feira (18), por prática ilegal de medicina e falsificação de diploma de curso superior. Ele matriculou-se em uma universidade de Medicina na Bolívia, cursou seis meses, e voltou para o Brasil. No retorno, adulterou os registros para que fosse computado que teria estudado por quatro anos. O falso médico foi contratado por municípios e também pelo Estado para atuar em hospitais e postos de saúde.
Em salários nos últimos três anos, o indivíduo ganhou cerca de R$ 850 mil. Neste período, ele atuou para que mais pessoas fizessem o mesmo processo: matricular em uma universidade de fora do país e falsificar a documentação para que o tempo de estudo fosse abreviado e cobrava por esse serviço: de R$20 mil a R$ 40 mil.
O falso médico foi preso preventivamente. Os policiais federais ainda cumpriram um outro mandado de prisão preventiva e um mandado de busca nesta quarta-feira. As ações ocorreram também na Bahia e no Amazonas.
As investigações apontaram que os médicos ou os candidatos pagavam um valor para ter facilitada essa transferência externa e depois começavam a atuar. Na cidade de Jitaúna, na Bahia, cinco falsos médicos foram descobertos trabalhando no hospital municipal e fugiram para outras cidades dos Estados do Espírito Santo e Amazonas.
Os falsos médicos responderão por uso de documento falso, exercício ilegal da medicina, peculato e associação criminosa.