sexta-feira, 29 de março de 2024
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Assassino de Camata, Marcos Venício é condenado a 28 anos de prisão

Marcos Venício Moreira Andrade, 69, foi condenado, nesta quarta-feira (4), a 28 anos de prisão pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima, o ex-governador do Espírito Santo Gerson Camata. A pena deve ser cumprida, inicialmente, em regime fechado. O réu também terá de pagar uma indenização à família de Camata no valor de R$ 200 mil.

O julgamento foi aconteceu no Fórum Criminal José Mathias de Almeida Netto, no Centro da capital. No segundo dia de trabalho, o júri composto por sete membros da sociedade sorteados concluiu que, com base nas provas colhidas no processo, não restou dúvidas de que o crime foi praticado de forma premeditada. A sentença foi proferida pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Vitória, Marcos Pereira Sanches.

Marcos Venício foi o último a prestar depoimento. Logo após ser preso em flagrante no mesmo dia do crime, 26 de dezembro de 2018, ele confessou ter atingido com um disparo de arma de fogo o ombro direito de Camata, para quem trabalhou como asssessor por 19 anos. Câmeras de videomonitoramento registraram toda a ação. O ex-governador morreu na calçada da rua Joaquim Lírio, em frente a um pub e uma banca de revistas.

O réu, porém, negou a intenção de matar. Ao depor, afirmou que tentou se aproximar de Gerson Camata outras vezes com o objetivo de explicar as denúncias que fez contra ele, relatando também sempre ter sido tratado com agressividade nessas ocasiões. Quanto à arma, disse que estava com ela a caminho da Polícia Federal para regularizar seu porte quando, coincidentemente, encontrou o político e aproveitou para conversar.

O ex-governador, ex-senador e ex-deputado federal Gerson Camata – Foto: Geraldo Magela/Agência Brasil

Pela manhã, a viúva do ex-governador, Rita Camata, testemunha do processo, chegou ao fórum para acompanhar o julgamento, que neste segundo dia começou às 10h. Marcos Venício volta agora para o presídio em que já estava preso.

Em entrevista a jornalistas na saída do fórum, o advogado Homero Mafra, que defende do ex-assessor, considerou exagerada a pena de 28 anos de prisão, disse que vai recorrer, que acredita que o réu tenha condições de pagar o valor da multa imposta.

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