O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) vai pedir a transferência compulsória de alunos que cometeram injúria racial, em um colégio de Vargem Alta, na região Serrana do Estado. O MP vai ingressar com uma Ação Civil Pública (ACP) para garantir a mudança de escola.
Para o MPES, a manutenção de todos os alunos na mesma unidade coloca a vítima em situação de grave vulnerabilidade. A mudança já havia sido determinada pelo Conselho de Escola da unidade, com base no Regimento Interno Comum das Escolas Estaduais.
Mas a superintendência de educação de Cachoeiro de Itaperimim não acatou a decisão. O Ministério Público então foi acionado. O objetivo é resguardar a decisão que foi legalmente adotada pelo conselho, com base no regimento interno comum das escolas estaduais.
Estudante chamada de macaca
O caso veio à tona no dia 4 de julho, quando a família da adolescente de 15 anos procurou a delegacia para registrar um boletim de ocorrência por racismo. Ela relata que era chamada de macaca por um grupo de aluno, que inclusive se recusavam a sentar perto dela.
Ela contou ainda que começou ser atacada desde março, quando começou estudar no local. Em outro relato, ela disse que um dos estudantes tirou uma foto dela, a comparou com um animal e espalhou em grupos de bate papo.
O absurdo continuou. A direção do colégio chegou sugerir que a vítima trocasse de escola, o que não foi aceito pela família. Os estudantes envolvidos chegaram ser suspensos, mas retornaram ao colégio. Desde então a vítima está sem estudar.
Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp! Basta clicar aqui.