domingo, 28 de abril de 2024
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Perigo sobre duas rodas: “boom” no número de mortes de motociclistas acende alerta no ES

O número de mortes de motociclistas no trânsito capixaba aumentou 9,2% no primeiro quadrimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a abril deste ano, 130 óbitos foram registrados enquanto que no mesmo período de 2022 foram computadas 119 vítimas fatais, segundo estudo do Observatório da Segurança Pública do Espírito Santo.

“Nós sabemos que esse tipo de veículo, por si só, é instável. É um tipo de veículo que exige muito mais concentração e atenção do condutor, já que depende de um equilíbrio no seu deslocamento, que é constantemente testado por imprevistos na via, como buracos, pedestres e até outros veículos em deslocamento”, analisa o Chefe da Comunicação da Polícia Rodoviária Federal no Espírito Santo, Wylis Lyra.

Lyra fala ainda que, muitas vezes, a situação é agravada pelo próprio motociclista, fazendo “zig zag” na pista, transitando em velocidade insegura, executando manobras e até desrespeitando alguns princípios básicos da segurança para o próprio motociclista.

“Nós até analisamos o processo de formação de um motociclista, em que ele faz as aulas e presta as provas utilizando capacete adequado, devidamente fixado na cabeça, viseira rebaixada, com calçado adequado, na hora de fazer o percurso, utiliza adequadamente seta. Muitos desse quesitos são deixados de lado quando o condutor consegue obter a CNH. Percebemos então que, além de todo a insegurança que já encobre o motociclista, as condutas perigosas acabam tornando a condição dele ainda mais insegura para o trânsito”, analisa.

Lyra cita ainda o advento da pandemia do coronavírus fez com que as pessoas ficassem mais reclusas e os motociclistas transitassem menos.

“Agora, com maior liberdade, percebemos que as pessoas estão fazendo deslocamentos maiores, com menos paciência e mais pressa. O motociclista considera que a moto é um veículo para chegar mais rápido nos lugares, passando por lugares inadequados, ao passo que, quando ela foi concebida, não era com esse objetivo, de chegar mais rápido, e sim ter uma certa mobilidade e com economia de combustível”, completa.

Cuidado no trânsito 

Nas ruas, o motociclista deve triplicar os cuidados, uma vez que é um veículo mais frágil e de pouca visibilidade alheia.

“A nossa recomendação é para que o motorista zele pela própria segurança em primeiro lugar e depois se tornar visível para os demais condutores, sempre praticando a direção defensiva, pensando à frente e se antecipando a possíveis atitudes dos outros pedestres e condutores”, aconselha.

“Os condutores de outros carros estão suscetíveis a equívocos no trânsito, assim como motoristas de carretas e até outro motociclista, então deve-se fazer a direção defensiva pensando na possibilidade daquele outro, que também está no trânsito, cometer um equívoco. Nesses equívocos, os motociclistas são os mais prejudicados”, conclui.

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