Ossada de desaparecido é encontrada dentro de fossa; autor confessa crime e relata briga por cachaça

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Foto: Reprodução / PCES

A ossada de um homem que estava desaparecido foi encontrada dentro de uma fossa no quintal da casa de um amigo. O dono do imóvel confessou o crime e disse que no dia do ocorrido ambos estavam no local bebendo cachaça. A informações foram repassadas pela Polícia Civil nesta terça-feira (30).

De acordo com a PC, após uma discussão com o suspeito, a vítima teria caído parcialmente na fossa. Nesse momento, o investigado teria se apossado de uma enxada e batido duas vezes na cabeça dele , fazendo-o cair definitivamente na fossa.

A vítima, Carlos Maximiliano de Oliveira, vulgo ‘Cabo Sujo’, de 56 anos, como foi identificado, foi visto pela última vez no dia 1º de junho do ano passado, por volta das 20 horas, saindo da casa de seus pais, localizada na Aldeia Caieiras Velha, zona rural, em Aracruz.

“Os familiares aguardaram alguns dias e registraram a ocorrência de seu desaparecimento cinco dias após, no dia 06 de junho do ano passado. Os familiares informaram, à época, que ele era dependente de álcool, mas sempre retornava para casa, o que não ocorreu desta vez. A partir de então a DEHPP de Aracruz iniciou as investigações. Durante as buscas foram usados até mesmo cães do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) de Colatina, na expectativa de encontrar o desaparecido”, disse o titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DEHPP) de Aracruz, delegado André Jaretta.

Ainda de acordo com o delegado, apesar dos trabalhos e da vítima não ter sido localizada, não se sabia, até então, se ele estava morto. “Não se sabia até então se realmente ele estava morto e, em caso positivo, se essa morte seria decorrente de algum mal súbito, em virtude da ingestão constante de álcool, ou de crime. Vale salientar que a Aldeia fica situada numa extensa área rural, margeada por florestas, lagos e rios, o que dificultou a procura”, informou o delegado André Jaretta.

Já na tarde dessa segunda-feira (29), a equipe da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, recebeu informações de colaboradores e intimou um homem de 52 anos para interrogatório. Segundo informações, ele poderia ter relação com o desaparecimento da vítima.

“Durante o interrogatório, ele confessou aos policiais que na noite do dia 1º de junho do ano passado, seu amigo Carlos esteve em sua casa, onde ingeriram conjuntamente aguardente, popularmente conhecida como cachaça. Ele afirmou que após terminar a bebida alcoólica Carlos desejava ir até Coqueiral de Aracruz comprar mais, porém o autor discordou, gerando assim uma discussão”, disse o delegado.

Para a polícia, o autor contou que a discussão evoluiu para agressões físicas, tendo recebido um soco e em seguida desferido o mesmo golpe contra a vítima, fazendo-o cambalear e cair parcialmente numa fossa de dejetos no quintal.

“O autor afirmou que nessa situação, se apossou de uma enxada e bateu por duas vezes contra a cabeça de Carlos, fazendo-o cair definitivamente na fossa. Depois o autor cobriu a fossa com uma tampa de concreto, deixando o corpo naquele local. Essa fossa fica a cerca de cinco metros da casa do autor, no quintal do imóvel”, relatou o delegado André Jaretta.

Após o interrogatório a equipe da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DEHPP) de Aracruz seguiu até a casa do autor, onde ele indicou a fossa onde havia jogado a vítima. “Quando os policiais destamparam, já visualizaram os restos mortais, uma ossada, de Carlos, submerso em líquido. Imediatamente a equipe acionou a perícia criminal da Polícia Civil (PCES), e o Corpo de Bombeiros (CBMES) para retirada do cadáver”, contou Jaretta.

Os familiares da vítima estão sendo orientados pelo Laboratório de Antropologia da PCES a fim de realizarem exame de DNA para confirmar se tecnicamente de que os restos mortais encontrados, realmente são de Carlos Maximiliano de Oliveira.

Já o detido teve prisão temporária decretada. Ele foi levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Aracruz.

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Wellington Anholetti

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