Criminoso que participou de assalto à casa de ex-deputado estava em dia de “saidinha” do presídio

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Foto: Reprodução / PC

Um dos quatro criminosos que invadiram a casa do médico, ex-deputado e ex-vereador Luiz Carlos Moreira, em Jacaraípe, na Serra, no último dia 17 de março, e roubaram mais de R$ 2 milhões em dinheiro, além de joias e outros objetos, estava usando o benefício da saída temporária do presídio de Linhares, no Norte do Espírito Santo.

Alaf Siqueira, de 22 anos, saiu da cadeia e cometeu o roubo. Após o crime, foi para Guarapari, junto com Thomas Gabriel, que também participou do assalto. De acordo com o chefe do Departamento de Investigações Criminais (Deic), delegado Gabriel Monteiro, os dois foram para um show que acontecia na cidade.

Horas mais tarde, um corpo foi encontrado na praia da Areia Preta, em Guarapari, e a polícia identificou que se tratava de Thomas. Ainda de acordo com o delegado Gabriel, Alaf teria retornado para o presídio normalmente. O delegado disse ainda que a identificação dos quatro criminosos só foi possível graças ao disque-denúncia.

O terceiro suspeito, Gustavo Borges, de 23 anos, foi localizado e preso no momento em que saía de um apartamento em Guarapari. Com ele, os policiais encontraram uma pistola 9 mm. Um celular também foi apreendido e utilizado nas investigações.

Com o celular de Gustavo nas mãos, a polícia conseguiu identificar mais um suspeito. Clarisvaldo Silva Júnior, de 26 anos, que está foragido, teria sido o responsável por receber todo o dinheiro e “lavar” o mesmo, fazendo-o parecer lícito e legal. Além dele, a polícia também conseguiu identificar e prender Lincoln Pereira Sperandio, de 23 anos, participante do assalto.

Além dos suspeitos já identificados, as investigações elucidaram o fato de que mais um suspeito, Reinaldo Alves da Silva, de 44 anos, pai de Thomas, também agiu no crime. Ele teria sido responsável por dar fuga aos assaltantes. Reinaldo está foragido.

Clarisvaldo Júnior (à esquerda) e Reinaldo Alves. Foto: Reprodução / PC

Em um galpão, localizado a partir das investigações, os policiais encontraram dois ônibus semi-leito e três carros, que Clarisvaldo teria comprado com o dinheiro do assalto, no intuito de lavar o dinheiro. As investigações dão conta de que o foragido teria comprado um quarto carro de luxo, com o dinheiro do assalto.

Durante o interrogatório, todos os presos utilizaram a versão da história de que a informação da existência de uma mala de dinheiro na casa do ex-deputado teria sido repassada por Thomas, que morreu. Essa versão não é aceita pela polícia e as investigações irão continuar.

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Wellington Anholetti

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