Copa do Mundo e educação: como o assunto pode ser abordado em sala de aula?

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Copa EVS 2022. Foto: Reprodução / Luis Oliveira / PMV

O período de Copa do Mundo começou a rodear os brasileiros antes mesmo da metade do ano. Chegou às salas de aula também com grande movimentação de figurinhas do álbum das seleções que estão disputando o Mundial, o que virou febre entre a garotada. Com o início dos jogos do Brasil, o assunto passou a fazer parte das dinâmicas de aula.

Quem venceu o jogo, quem será o artilheiro e quais são os melhores momentos da Copa podem se tornar conteúdos didáticos elaborados pelos professores. Quem revela é a doutora em História, Manuela Sáenz.

Para ela, o primeiro passo é fazer os alunos pesquisarem sobre os países e depois trabalhar com o mapa mundial. Na sequência, estudar sobre um mapa político exclusivo.

“Eu costumo orientar os professores para que busquem informações na língua do país em jornais locais, site ou blogs. Por meio das redes sociais é fácil conseguir os opositores do sistema, que no caso do Catar, país-sede da Copa, geralmente são as mulheres que fogem daquele país. Por lá, cerca de 80% dos trabalhadores são estrangeiros”, explica a historiadora.

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Fernanda Manuela Sáenz González, doutora em História da Universidade Central de Venezuela e membro do Ministério Popular das Relações exteriores de República Bolivariana de Venezuela. Foto: arquivo pessoal.

Povos

O Catar é um país imerso em políticas e com diferentes povos, entre eles existem os Beduínos, Abd Al e Hadar, que são os três principais grupos com os quais os cidadãos do Catar se identificam. A professora explica como ocorre a divisão de povos:

“Os beduínos traçam seus ancestrais até os nômades da Península Arábica. Os ancestrais do povo Hadar eram habitantes de uma cidade sedentária. Alguns dos Hadar são descendentes de beduínos, mas a maioria vem de pessoas que migraram do que hoje é o Irã, Paquistão e Afeganistão, às vezes chamados de Qatari Irani”, reforça ela, que vai além.

“Todos os três grupos foram identificados como catarianos e não estão sujeitos à cidadania, mas as sutis diferenças socioculturais, entre eles são reconhecidas”, conclui.

Animais

Para além dos dromedários, usados pelas forças oficiais e também como símbolos nacionais, o povo catari tem o hábito de criar animais silvestres e selvagens. Um repórter brasileiro, inclusive, apareceu ao vivo acariciando um leão, na casa de um sheik.

Foto: reprodução.

Território

Apesar de ser uma das nações mais ricas do mundo, principalmente pela exploração de petróleo, o Catar é um país pequeno. É um país árabe localizado no Golfo Pérsico, vizinho da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Em termos de tamanho, o Catar tem 11.437 km², pouco mais da metade do menor estado brasileiro, Sergipe.

Foto: reprodução.

Proibição do álcool

O consumo de bebidas alcoólicas é ilegal em quase todos os lugares do Catar. Nada de cerveja, caipirinha ou vinho, assunto que movimentou as redes sociais nos últimos meses devido à Copa do Mundo. Apenas alguns hotéis internacionais e clubes licenciados possuem permissão para vender bebida alcoólica. Um litro de cerveja pode custar R$90.

Foto: reprodução.

História e economia

O Catar era considerado um protetorado britânico devido à divisão do Império Otomano. Tornou-se independente do Reino Unido em 1971, vindo a ser um estado soberano. A dinastia reinante frente ao governo do Catar é a família Al Thani, há quase 150 anos. A monarquia é herdada de pais para filhos.

Atualmente é um dos países mais ricos do mundo e com umas das menores cargas tributárias, segundo o Relatório Global de Competitividade. Esse histórico de riquezas surgiu a partir dos anos 40, quando iniciou no país a exploração do petróleo e gás natural.

Tamim bin Hamad al-Thani, Emir do Qatar. Foto: reprodução.

Poligamia

A poligamia, prática que consiste em um homem casar-se com mais de uma mulher, é permitida no Catar.

cataris
Foto: reprodução redes sociais.
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Mariana Santos

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