Pontos de ônibus sujos, sem cobertura e enferrujados. Risco de assaltos, coletivos lotados e motoristas mal-educados, que passam pelas crateras no asfalto e jogam água nos pedestres.
Essa é a sofrida realidade da população que precisa trafegar na Avenida Carlos Lindenberg, uma das principais vias de Vila Velha.
Em dias chuvosos, como nesta quarta-feira (30), a situação precária dos pontos de ônibus dificultam a circulação das pessoas na região. Alagamentos e falta de segurança também são algumas das reclamações frequentes sobre o local.
“Está cada dia mais difícil para gente que pega ônibus aqui. Em dias chuvosos, como hoje, se ficamos no ponto, somos molhados devido às enormes poças d’água, se sairmos de perto, fica na chuva”, relata Natália de Oliveira, moradora de um dos bairros adjacentes à avenida.
O ponto, localizado na chamada “antiga Pespi”, na avenida, desperta grande revolta dos passageiros, não somente pelo abandono do abrigo, mas também pela falta de segurança.
“Nós que ficamos aqui de manhã, além de ter que passar por essa humilhação que é o nosso ponto, temos que ficar sempre atentos a assaltos, um local extremamente perigoso. Esses galpões abandonados, longe de tudo, é complicado”, afirma Natália.
No local, é possível visualizar os buracos em frente ao abrigo de ônibus, o que gera o acúmulo de água e dificulta a parada dos coletivos. O ponto, que deveria proteger os passageiros de sol e chuva, encontra-se sem metade do teto, com ferrugens e debilitado.
A reportagem do MovNews entrou em contato com a Prefeitura de Vila Velha, que prometeu mandar uma equipe ao local para avaliar a estrutura do ponto de ônibus denunciado por moradores.
Em meio às reclamações, cidadãos que utilizam frequentemente o local, relatam a falta de responsabilidade de motoristas ao circularem pelo ponto. Ainda segundo Natália, em horário de pico, o motorista não para ao visualizar o sinal da passageira.
“A gente fica 40 minutos esperando o ônibus, quando ele chega aqui, simplesmente não para. Cadê a responsabilidade? Quer dizer então que além de ficar na chuva porque o ponto não atende as necessidades, somos ignorados”, explica sua indignação.
Demais passageiros da região contam que durante os horários de maior circulação de pessoas, o coletivo que liga Vila Velha à Laranjeiras está sempre lotado, segundo eles o ônibus para, mas não é possível entrar no transporte – o que os fazem esperar de 15 a 20 minutos para o próximo que faz a linha.
Em contato com a Ceturb sobre as indicações dos usuários sobre o desatento dos motoristas, até a publicação desta matéria, a reportagem não obteve retorno.
Com supervisão de Emanuela Afonso.