O número de suspeitos envolvidos na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips subiu para oito pessoas, segundo investigação da polícia. Três deles já foram presos durante as investigações sobre o caso.
De acordo com a polícia, mais cinco homens que ajudaram a enterrar os corpos de Bruno e Dom na mata foram identificados. A polícia ainda não revelou os nomes. Eles devem ser indiciados pelo crime de ocultação de cadáver e vão responder as acusações em liberdade, devido o crime prever uma pena inferior a 4 anos.
Estão presos: Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, que confessou o crime, e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, e Jeferson da Silva Lima, conhecido Pelado da Dinha.
Mortos a tiro
O indigenista e o jornalista foram mortos a tiros, com munição de caça, segundo laudo pericial da Polícia Federal. Divulgada neste sábado (18), a análise aponta que o Bruno foi atingido por três disparos, dos quais dois no tórax e um na cabeça, enquanto Dom foi alvejado uma vez, no tórax.
Dom morava em Salvador, na Bahia, e fazia reportagens sobre o Brasil havia 15 anos para o New York Times e o Washington Post, bem como para o jornal britânico The Guardian. Bruno era servidor da Funai (Fundação Nacional do Índio), mas estava licenciado desde que foi exonerado da chefia da Coordenação de Índios Isolados e de Recente Contato, em 2019.