quinta-feira, 28 de março de 2024
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Uma tonelada de café de péssima qualidade apreendida em supermercados do ES

Fabricantes insistem em distribuir café de baixa qualidade. 2 mil pacotes apreendidos no ES.

Mais de 2 mil pacotes de três marcas diferentes de pó de café foram apreendidos em uma operação conjunta da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa  e a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) em supermercados do Espírito Santo.

Presidida pela deputada Janete de Sá (PSB), a Comissão de Agricultura vem recebendo denúncias constantes da venda de café de péssima qualidade, vendido a preços baixos em estabelecimentos diversos.

Deputada Janete de Sá e o delegado Eduardo Passamani, da Decon.

Segundo laudo do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES), as três marcas apresentavam umidade excessiva, mistura de milho e até mofo.

“Desde o início do ano, a Comissão de Agricultura e a Decon estão empenhadas em combater a comercialização de cafés irregulares aqui no Estado. Na operação de hoje, o foco foi a umidade do produto”, afirmou Janete de Sá.

Ainda de acordo com a parlamentar, os cafés apreendidos são das marcas:

  • Liva (Tradicional e Extra Forte)
  • Sol Ponte
  • Caparaó Capixaba

As três marcas apresentam umidade entre 13,95 a 17.91%, sendo que o máximo de permitido por lei é de 5%. No café Sol Poente, foi encontrado indício de fungo por conta da umidade excessiva. No café Liva, a umidade varia de 13,90% no tradicional a 14,43% no extra forte e o produto traz na embalagem o selo de pureza da ABIC.

Já o café Caparaó Capixaba, que traz a informação de café especial no rótulo, foi identificada a maior unidade e a presença de milho torrado, o que caracteriza fraude. O fabricante do Café Caparaó é reincidente, porque é também é fabricante do Café Pedigo, que também já foi aprendido por irregularidades no Espírito Santo.

“A presença de mofo no café coloca em risco a saúde dos consumidores. As irregularidades como a alta umidade e a mistura de milho infringem as regras da vigilância sanitária e causam prejuízo ao bolso do consumidor. Não vamos permitir que essa prática continue sendo feita em nosso Estado, que tem produtores sérios e cafés de qualidade reconhecidos em todo o mundo”, ressaltou ainda a parlamentar.

Do início do ano até hoje, a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa e a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor já realizaram quatro operações no Estado, sendo apreendidas mais de 80 toneladas de cafés irregulares de 10 marcas.

O próximo passo da operação é dar ciência à Associação Capixaba de Supermercados (ACAPS) para que os produtos irregulares possam ser retirados de comercialização. O Consumidor que comprou algum desses produtos deve procurar o estabelecimento comercial para troca ou ressarcimento.

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