sexta-feira, 29 de março de 2024
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Comerciantes de palmito esperam melhora nas vendas até o final de semana. Veja os preços

Comerciantes de palmito in natura esperam melhora nas vendas até o final de semana. Às vésperas da Sexta-Feira Santa, celebrada neste dia 15, a saída do produto está aquém do desejado. Já os consumidores, preocupados com os preços, tentam negociar os valores, que variam de R$ 35 a R$ 60, por cabeça de palmito, pensando também nos gastos com outros ingredientes que compõem a torta capixaba, tradição pascal no Espírito Santo.

Se os dias não são bons, a estratégia é prolongar a permanência nos pontos de venda. Por toda a Grande Vitória, os comerciantes da iguaria dão seu jeitinho para garantir a renda familiar, muito dependente do faturamento da Semana Santa, que termina no Domingo de Páscoa (17), fechando a tradição cristã – especialmente a católica – de relembrar a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Mesmo para os alheios à religiosidade e dogmas, o paladar agradece.

Antônio Pereira dos Santos veio de São Mateus, na região Norte do Estado, para Vitória com 500 peças de palmito para vender. Instalado no Sambão do Povo desde a tarde do último domingo (10) até a tarde desta terça-feira (12), havia vendido menos de 10% do estoque trazido.

“Vendi pouco. De 500 cabeças, vendi umas 30. Nem 10%”, lamenta o comerciante, que, apesar dos números tímidos – ou por causa deles –, prevê a extensão de sua estadia no local até o Domingo de Páscoa ou enquanto durar o estoque. Não tem jeito, porque, senão, a gente não consegue levantar o dinheiro”.

A expectativa é de que, até o momento de voltar para casa, as vendas melhorem consideravelmente. Afinal, antes de lucrar, é preciso cobrir os custos. Para isso, Antônio está preparado para negociar e ver o dinheiro entrando em caixa.

“A gente tem que baixar o preço, porque tem que pagar a roça”, diz o vendedor, acampado no Sambão do Povo e sem sair de perto da barraca em que está abrigado. “Não tem como ir e voltar todo dia”, explica, imbuído de fé e esperança em dias melhores. “Pretendemos vender tudo, se Deus abençoar”.

Espaço, dificuldades e estratégias são compartilhadas por Aldecir Ventura. Também vindo de São Mateus, ele mantém a barraca montada e a firmeza quanto à hora de partir do colega e concorrente. “Nós só saímos daqui depois que esse negócio acabar. Fazemos promoção, tudo, mas vamos vender”, reforça, mostrando tino de prudente negociador ao reconhecer os “dias mais ou menos” em termos de lucratividade.

“Os preços variam entre R$ 35, R$ 40 e R$ 50. Depende do tamanho. Tem lugar que sai até a R$ 60, mas aí é mais complicado”, esclarece.

Preço salgado

Entre pilhas de palmito in natura de todos os tamanhos, pesos e medidas caminha Leonardo Gegenhember, um comerciante em busca de fazer bons negócios e levar para casa o melhor produto e assim manter a tradição anual de comer torta capixaba em família. O preço, no entanto, “ainda está salgado”, observa.

O plano: ficar de olho até o último instante à espera da queda nos preços. Até lá, o jeito é pechinchar, porque “sai um precinho bom”. Apreciador de mariscos e outros frutos do mar, a exemplo de camarões e bacalhau, Leonardo está preocupado mesmo com valor do botijão de gás.

“Os outros ingredientes estão mais caros, o bacalhau mesmo subiu bastante, e o camarão também. Hoje subiu tudo, principalmente o gás. O gás já está R$ 110 [em alguns lugares da Grande Vitória no interior do Estado a botija de 13 kg passa dos R$ 125]”.

Com tudo, não passa pela cabeça de Leonardo reduzir o tamanho da torta capixaba. “Veja bem, vai ser um pouquinho mais cara. Mas, como a família é grande, vai ser do mesmo tamanho que dos outros anos”, finaliza.

Confira os pontos de venda do palmito in natura na Grande Vitória:

Vitória

Na Avenida Dário Lourenço de Souza, próximo ao Sambão do Povo, de 8h às 18h, mas, para atender à demanda, os vendedores permanecem no local 24 horas por dia.

Vila Velha

No estacionamento do Atacadão S.A., na Avenida Carlos Lindenberg, 1.723, próximo ao viaduto, até o próximo sábado (16), entre 6h e 21h30.

Cariacica

Em Cariacica, a venda de palmito fresco acontece de forma espalhada pela cidade. A Prefeitura autorizou a comercialização do produto, com horário de atendimento definido pelos comerciantes, nos seguintes bairros:

  • São Francisco, próximo ao Corpo de Bombeiros, na Avenida Mário Gurgel;
  • Campo Grande, ao lado da Câmara de Vereadores, na Avenida Mário Gurgel;
  • Itacibá, próximo ao Supermercado Casagrande e próximo aos Correios;
  • Porto de Santana, na entrada do bairro, na rodovia José Sette.

Serra

Na Serra, a Prefeitura autorizou o funcionamento de sete pontos de venda, em seis bairros. A comercialização é permitida das 6h às 23 horas nos seguintes locais:

  • próximo ao Terminal de Laranjeiras;
  • na entrada do bairro Jardim Limoeiro;
  • na entrada de Nova Almeida;
  • em Serra-Sede, em frente ao Posto São Benedito;
  • na colônia de pescadores da Praça Encontro das Águas, em Jacaraípe;
  • na avenida Nossa Senhora dos Navegantes, em Jacaraípe, na área de estacionamento onde fica o parque de diversões;
  • e perto do posto de gasolina em José de Anchieta.

*Com informações de Alexandre Damazio

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