Neste sábado (12) comemora-se o Dia do Bibliotecário, profissional que atua nas bibliotecas auxiliando na organização das estantes com a presença de acervos de livros, revistas, gibis, vídeos, entre outros.
Quem ocupa o cargo tem a responsabilidade de zelar pela preservação, conservação e o restauro dos conteúdos oferecidos de uma instituição. Além de tratar com cuidado a informação e torná-la conhecida e acessível ao usuário da biblioteca.
O Dia do Bibliotecário foi instituído pelo Decreto nº 84.631, de 12 de abril de 1980. O dia 12 de março é o mesmo que celebrou o nascimento de Manuel Bastos Tigre em 1882. A escolha é em homenagem à figura que partiu em 1957, ele é considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil.
O homenageado Manuel Bastos Tigre foi engenheiro, escritor, poeta, publicitário, inclusive o tão conhecido slogan “Se é Bayer é bom” foi criado por ele. No entanto, seu cargo principal foi o de bibliotecário. Ele trabalhou durante muitos anos na Biblioteca Central da Universidade do Brasil e, em seguida, assumiu a direção da mesma biblioteca, exercendo a função mesmo após a aposentadoria.
Para quem deseja atuar na área de bibliotecário, é preciso ter um conhecimento técnico especial por meio do curso superior de Biblioteconomia, com isso é possível garantir os atributos de erudição, dedicação e capacidade para enfrentar inúmeros desafios da profissão.
A profissão resgata a necessidade de informação, que tem ocupado um papel cada vez mais relevante tanto do ponto de vista da contribuição na alfabetização, quanto para a geração de uma formação superior mais acessível e democratizada. Além disso, o crescente e acelerado processo de digitalização de processos, de serviços e, sobretudo, de itens não substituem a função da biblioteca.
A bibliotecária Elizete Caser, de 62 anos, formada em Biblioteconomia pela UFES, ocupa o cargo na Biblioteca Pública Municipal Adelpho Poli Monjardim, em Vitória e atualmente é coordenadora e idealizadora do projeto Viagem pela Literatura. Ela explicou o motivo pelo qual escolheu seguir a profissão há 30 anos atrás.
“Quando surgiu o curso de biblioteconomia aqui em Vitória, procurei me informar melhor e achei interessante, eu sempre gostei de estudar e nessa área a gente sempre estuda tudo. Eu gosto de estar no meio da literatura, esse envolvimento com a arte e a leitura, estudo da cultura, isso faz parte da biblioteca porque não é só o livro que está na estante, muitas ações são envolvidas na instituição. Temos a oportunidade de fazer várias viagens em áreas do conhecimento, então isso me fascina porque não ficamos em uma coisa só, podemos estar em constante aprendizado e você participa de várias coisas”, refletiu.
Em 2020, quando iniciou o surto do coronavírus, as bibliotecas de todo o país precisaram modificar algumas atividades presenciais e foram obrigadas a buscar outras alternativas de atuação, uma vez que continuam responsáveis pela guarda, difusão e circulação de informação através dos livros e outros tipos de conteúdo.
Elizete relatou que devido a pandemia, seu trabalho na Biblioteca Municipal de Vitória tem retornado gradativamente, e o público aos poucos também está voltando para obter acesso a internet, leitura dentro da biblioteca, pesquisa e empréstimo. Além disso, há promoção de incentivo à leitura para que haja uma aceleração de retorno.
A bibliotecária ainda afirmou que, embora haja um senso comum para pensar que a profissão é somente um guardador de livros, essa não é verdade, o bibliotecário é um profissional da informação, um mediador da leitura e são várias questões que o cargo precisa desempenhar.
“Estamos no meio de grupos de escritores e contadores de história, lidamos com ações culturais na biblioteca, projetos como o que eu sou idealizadora o “viagem na literatura” criado em 1994 e já tem 27 anos de existência. Fora essa iniciativa, a cada ano nós bibliotecários aprimoramos nossa ação à inovando. Então, são vários projetos de promoção da leitura que são realizados na biblioteca e em vários espaços do município”, disse.