A Rua da Lama é hoje um dos principais pontos boêmios de Vitória. Parte da avenida será restaurada para se consolidar como um dos polos gastronômicos da cidade. A reurbanização do espaço será entregue no segundo semestre de 2023 e a expectativa é de que as mudanças vão melhorar o convívio entre moradores, frequentadores e comerciantes.
Entre as novidades, estão previstas calçadas mais largas, bancos, áreas de convivência com instalação de pergolados, um novo sistema de iluminação e calçadão no centro da avenida. As vias da avenida principal do entorno dos estabelecimentos e as calçadas estarão também no mesmo nível para dar acessibilidade a quem precisa.
Durante anúncio na manhã desta sexta (28), a administração municipal detalhou que serão investidos cerca de R$ 4,5 milhões em recursos. As novas mudanças, num dos points de Vitória, fazem parte de um projeto que engloba outras localidades da capital como Rua Sete de Setembro, Curva da Jurema e Ilha das Caieiras.
O objetivo é reurbanizar estes locais e reconhecê-los como verdadeiros polos gastronômicos com estrutura que também atenda com qualidade as necessidades dos frequentadores.
De acordo com o prefeito Lorenzo Pazolini, a intenção é começar as obras ainda este ano. “A requalificação da Rua da Lama traz um paisagismo moderno para as pessoas caminharem com segurança. Estamos lançando edital, e a previsão é começar as obras no segundo semestre deste ano”, salienta.
O prefeito deixou claro que manterá o comércio existente no local, mas que irá buscar expandir a área comercial com a ideia de ofertar novas opções aos frequentadores.
As mudanças
O secretário de Desenvolvimento da Cidade e Habitação, Marcelo de Oliveira, explica que as alterações serão realizadas para trazer valorização do espaço público. “É um projeto de urbanização que irá trazer uma nova qualificação e um novo convívio para pedestres, comerciantes e veículos de uma forma integrada para o melhoramento urbano da região”, afirma.
O projeto faz parte do Plano Vitória, que contempla um pacote de R$1 bilhão em investimentos até 2024. O montante servirá para construção de novas escolas, unidades de habitação popular, postos de saúde, além de intervenções de macrodrenagem, mobilidade, infraestrutura e projetos de urbanização.
Associação e comerciantes
Para Peterson Pimentel, coordenador de lazer e esporte da Associação de Moradores de Jardim da Penha (AMJAP), a nova remodelação trará melhorias tanto na segurança pública quanto para os frequentadores dos bares e restaurantes. “É fundamental essa organização que está sendo proposta e construída. A convergência do entretenimento e qualidade de vida das pessoas, não dará espaço para ruídos, prostituição e tráfico de drogas”, explica.
O proprietário do King Kone, Bruno Furtado Pizzin, disse que espera essas obras de reurbanização já há algum tempo. “Aguardamos uma rua charmosa e segura para atrair clientes. Hoje, é o melhor momento para executar as obras, tendo em vista o movimento fraco que estamos tendo agora”, explica.
As reclamações de som alto e lixo espalhados pela avenida são recorrentes entre moradores da Rua da Lama. Durante a pandemia, também foram registradas denúncias de festas clandestinas sendo realizadas no local.
Confira as principais mudanças
- Iluminação subterrânea
- Maior fiscalização e segurança (vídeo monitoramento)
- Calçadão com o mesmo nivelamento da rua (piso em granito)
- Criação espaço de convivência no canteiro central (3,8 metros)
- Colocação de balizadores garantindo acessibilidade, segurança para pedestres e controle de acesso
- Redução da velocidade dos carros com elevação da pista e instalação de piso intertravado (3,5 metros)
- Estacionamento para carga e descarga na Av. Anísio Fernandes Coelho
- Estacionamento na Rua Carijó e para as Forças de Segurança na Rua Arthur Czartoryski.
História da Rua da Lama
A Rua da Lama é conhecida como ponto de encontro e convivência, desde a década de 80. Todos se perguntam porque é conhecido com este nome derivado de sujeira. Segundo moradores, quando caíam chuvas abundantes algumas ruas alagavam e ficavam cheias de lama, pois o chão não era asfaltado. Atualmente, tornou- se um dos pontos mais badalados de Vitória, com bares popularmente conhecidos como Birita, Sofá da Hebe e o Abertura.