quinta-feira, 28 de março de 2024
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Paratletas capixabas em busca do pódio no Brasileiro 2022 de natação

Paratletas capixabas estão em busca do pódio no Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de Natação 2022. Repleto de competidores de alto nível, recordistas e campeões na seleção, o Espírito Santo tem na força de seus nadadores e suas nadadoras a esperança de novas conquistas na primeira etapa do torneio nacional, que começa a ser disputado no mês de março, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CTPB), em São Paulo, capital.

E a rotina de treinos é intensa, ainda mais com céu de verão e um sol para cada um em Vitória, mais especificamente no Clube Álvares Cabral. É lá que a seleção capixaba diariamente se prepara. O histórico credencia nossos paratletas como alguns dos grandes favoritos para a disputa, com destaque para Mariana Gesteira, de 26 anos, medalha de bronze nas paralimpíadas de Tóquio, na prova dos 100 m livre, classe S9.

Paratletas capixabas estão em busca do pódio no Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de Natação 2022. Imagem: TV Mov News

Paratleta de alto rendimento, Mariana não está imune ao forte calor do verão capixaba. Ela possui a síndrome de Arnold-Chiari, uma malformação genética rara que afeta o cerebelo e compromete o sistema nervoso central, provocando, entre outros sintomas, perda da coordenação motora e dificuldade de equilíbrio.

Ainda assim, Mariana é dona dos melhores tempos do Brasil nos 100 m nado costas e também nos 50 e nos 100 m livre, na sua classe funcional – categorização de paratletas em diferentes níveis de comprometimento causado por suas deficiências físicas, motoras, intelectuais ou visuais para balizar os competidores conforme suas limitações.

Além de Mariana, a seleção capixaba conta com mais recordistas, a exemplo de Erica Rodrigues, de 27 anos, a mais rápida do país nos 50 metros livre e nos 100 metros peito, classes SM 9 e SB 8.

Erica é natural de Curitiba, no Paraná, e Mariana veio do Rio de Janeiro, capital. A primeira compete a pouco mais de um ano e meio pelo Espírito Santo, já a segunda, há cerca de dois anos. Aqui, são treinadas por Leonardo Miglinas, que há duas décadas dedica seu trabalho às pessoas com deficiência.

O treinador da equipe, Leonardo Miglinas, há duas décadas dedica seu trabalho às pessoas com deficiência. Imagem: TV Mov News

Um de seus treinados é Waldir Alvarenga Júnior, mais conhecido como “Tiozinho”. Aos 47 anos, é o mais rápido do Brasil nos 50 m borboleta e o único dessa prova com tetraparesia, uma condição caracterizada por fraqueza nos quatro membros.

Tiozinho foi eleito o paratleta do ano em 2011, 2012 e 2014 e há 11 nada profissionalmente, sendo inspiração para muitos que vieram depois, como Caio Rodriguez de Oliveira, de 27 anos, que vai encarar o seu primeiro brasileiro de natação na classe S5, e Ikaro Nunes, que aos 18, já participou de vários brasileiros e conquistou medalhas.

Se o assunto é inspiração, Oliver Beat é autoridade. Aos 27 anos e com o mais alto nível de comprometimento entre os paratletas capixabas, ele não esconde a sede de competir o seu primeiro Campeonato Brasileiro de Natação de forma integral, já que a oportunidade anterior foi interrompida pela pandemia do novo coronavírus.

Por fim, Daniel Louzada, 23, que apesar de ainda não disputar competições, segue nadando por si mesmo, em busca do convívio pleno em sociedade e pelo prazer causado pelo esporte.

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