Uma rede de espera de mil metros foi recolhida na manhã desta terça-feira (24), na Baía das Tartarugas, em Vitória, por fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam). Segundo a pasta, essa é uma das maiores redes já encontradas nas águas da capital, e trazia um pescado, uma carapeba, que foi devolvida ainda viva ao mar.
Segundo Semmam, a rede de espera tem esse nome devido à modalidade de pesca em que é utilizada: os proprietários a deixam posicionada para captura dos animais e retornam após algumas horas ou dias para o recolhimento. O infrator não foi identificado durante a operação.
Criada em 2018, a Baía das Tartarugas é uma Unidade de Proteção Ambiental (UPA), compreendida do final da Praia de Camburi até a Terceira Ponte, passando pelas ilhas do Frade e do Boi. Anualmente, a região é o destino de tartarugas, golfinhos, baleias, arraias e outros animais marinhos que migram para se reproduzir.
“Essa modalidade de rede representa um grande risco para a fauna marinha, uma vez que pega filhotes, impedindo que cresçam e se reproduzam”, disse o titular da Semmam, Tarcísio José Föeger.
Como a fiscalização é rotineira e realizada em vários horários, o secretário pediu a colaboração dos moradores. “A população pode contribuir com a fiscalização, entrando em contato conosco pelo telefone 156, realizando denúncias”.
A secretaria informou ainda que, desde janeiro de 2021, foram realizadas 142 ações de fiscalização ambiental que resultaram no resgate de duas tartarugas vivas – outras três foram encontradas já mortas. Ao todo, foram recolhidos 5.100 metros de redes.
A Lei Municipal 9.077/2017 proíbe a pesca com qualquer tipo de rede na capital. Quem for flagrado pescando com redes de emalhe, de espera, de cerco ou de arrasto na Baía do Espírito Santo e nos canais de Vitória e de Camburi terá todo o material apreendido, terá de pagar multa que varia de R$ 700 a 100 mil e, ainda, responderá por crime ambiental.
Redação Mov News
Equipe de jornalismo do MovNews