A enfermeira Nathana Ceschim, que publicou um vídeo em rede social em que debocha da vacina contra a Covid-19, pode perder o registro profissional. O Conselho Regional de Enfermagem (Coren-ES) repudia a conduta, afirma que o caso é inaceitável e será apurado com base no Código de Ética.
Em nota, o Coren-ES comenta ainda que a conduta compromete a ciência, a saúde a vida das pessoas.
“É inaceitável que, após onze meses de enfrentamento à pandemia e em defesa da vida, um profissional de Enfermagem se posicione nas redes sociais de forma irresponsável e inconsequente, comprometendo a ciência, a saúde e a vida das pessoas. A apuração, com amplo direito de defesa, será com base no Código de Ética da Enfermagem. As penalidades previstas vão de advertência à cassação do registro profissional.“, afirma o Conselho.
O secretário de Estado da Saúde (Sesa) Nésio Fernandes também se posicionou. Pelo Twitter disse que os trabalhadores da saúde são preparados para salvar vidas e não sabotá-las.
“Repudiamos toda e qualquer expressão de negação da ciência, da expressão de futilidades desnecessárias ao comportamento exemplar que se espera dos trabalhadores da saúde. Somos preparados para salvar vidas, não para sabotá-las“.
Santa Casa também apura conduta
Nathana é funcionária da Santa Casa de Misericórdia de Vitória. O hospital informa que a enfermeira atua na linha de frente do combate ao coronavírus e que, por este motivo, foi imunizada no dia 19 de janeiro.
No vídeo, a enfermeira se identifica como “bolsominion”, eleitora do presidente Jair Bolsonaro, e diz que tomou a vacina porque iria viajar.
“Tomei por conta (sic) que quero viajar. Não porque eu queria ficar mais seguro, porque uma vacina que te dá um pouco mais de 50% de segurança, pra mim não é uma vacina. Eu tomei foi água“, disse.
Confira:
Eficiência da vacina
Com base em pesquisa, a vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, teve a eficiência comprovada em 50,38%. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial no último domingo (17).
Neste caso, 50,38% dos pacientes não tem risco de adoecer. Pouco mais de 77% pode ter sintomas leves da doença.
Vinicius Lodi
Equipe de jornalismo do MovNews