Ainda na Toscana

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Continuando nosso giro pelas terras onde florescem as videiras da uva
Sangiovese, na encantadora região da Toscana nos deparamos com uma
placa de sinalização de rodovias onde estava à informação de que a sub-região
da Toscana, Sant’Angelo, estava próxima, onde se produz um dos Brunellos
ícones na Itália e no mundo.

É do conhecimento dos apreciadores de vinho que na Itália existem centenas,
milhares de produtores de bons, ótimos e excelentes vinhos.

Já dediquei várias colunas informando sobre os vinhos que tive a oportunidade
de degustar aqui no Brasil que tem meu sobrenome. Primeiro foi o vinho
D’Angelo Aglianico Del Vulture, depois foi o vinho Angelo Montepulciano
D’Abruzzo. E por último foi o vinho Lisini Brunello di Montalcino Ugolaia,
produzido na sub-região chamada Sant’Angelo, próxima a Montalcino.

Então, fomos conhecer essa sub-região e degustar este maravilhoso Brunello
onde ele é produzido, na Azienda Lisini, uma das vinícolas mais antigas de
Montalcino, localizada em um terroir excepcional. São 24 hectares de vinhedos
próprios somente da uva Sangiovese. O Lisini é reconhecido entre os melhores
Brunellos aclamado por grandes críticos. O norte-americano, Robert Parker,
reconhecido crítico de vinhos pontuou este vinho com 93 pontos.

Este vinho a exemplo dos grandes ícones da vitivinicultura só é produzido em
safras excepcionais. Amadurecimento de 48 meses em barris de carvalho da
Eslavônia e de 6 a 8 meses em garrafa antes de ser comercializado. Visual
vermelho rubi intenso, no olfato apresenta notas de frutas vermelhas como
cereja e ameixa. Na boca é encorpado, rico, complexo, taninos firmes e
macios, final persistente.

Com seus 14% de teor alcoólico por volume harmoniza-se com massas com ragu, carnes de caça, ossobuco, polpetone e queijos envelhecidos como o pecorino e taleggio. Temperatura ideal de serviço é entre 16° – 18°C. Em todas as colunas faço questão de dar estas informações do produtor do vinho por que seguindo estas dicas apreciaremos muito mais do vinho.

Bom, caro leitor, inclua na sua próxima degustação um Brunello, por que não
existe Brunello ruim, o que há é aquele vinho mais icônico do que outro.

Até a próxima semana, mas, lembre-se: se for dirigir não beba!

Paulo Angelo
Paulo Angelo

Publicitário, amante das artes, cinéfilo e enófilo. Escreve sobre vinhos desde 2013.

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