sexta-feira, 29 de março de 2024
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A inflação em agosto de 2021

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no dia 9 de setembro o IPCA de agosto. O índice é a medida oficial da inflação no país.
 
A expectativa do mercado (mediana das projeções) estava em 0,71% a.m. e o índice oficial veio em 0,87% a.m., um pouco menor do que os 0,96% a.m. apurados em julho passado.
 
Assim, o índice que acumulava 8,99% agora está se aproximando de dois dígitos. Cravou exatos 9,68%. É a maior alta para o mês de agosto dos últimos 21 anos. Vale relembrar que o teto da meta é de 5,25%. Nos primeiros oito meses de 2021 o indicador subiu 5,67%. Em agosto do ano passado tinha variado somente 0,24%.
 
A última vez que o indicador apresentou um número tão alto foi em fevereiro de 2016 quando bateu em 10,36% a.a., portanto há 5 anos não tínhamos uma inflação tão alta.
 
Dos nove grupos que compõem a inflação, oito deles apresentaram alta. Somente o grupo saúde e cuidados pessoais teve deflação de 0,04% representado principalmente pela queda de 0,43% no item higiene pessoal. A maior alta veio dos combustíveis, com 1,46%, seguido por alimentos e bebidas, com 1,39%, e em terceiro lugar a habitação, com uma alta de 1,21% (só a energia elétrica dentro do item subiu 1,1%).
 
Dentro do item alimentos e bebidas, o item alimentação no domicilio subiu 1,63% a.m. e já acumula uma alta de 16,59% no ano.
 
Só para termos uma ideia, dentro do índice de 0,87% do mês, o item alimentação representou 0,29% (ou 25% do total) enquanto a gasolina representou 0,17% dos 0,87 do mês (ou 14%).
 
Se juntarmos somente dois grupos (habitação e transportes) eles representam 0,71% ou seja, 61% do indicador mensal.
 
Qual é o efeito prático desta inflação elevada?

A inflação aperta o orçamento familiar e acaba limitando os gastos com saúde, educação e lazer principalmente. O consumidor sente a alta nos preços até mesmo na compra do frango em função da utilização da energia elétrica na criação de aves.
 
A pesquisa com a coleta de preços é realizada em 16 regiões no Brasil. Em 50% das regiões metropolitanas, em que há a coleta de dados, o indicador ficou acima de 10%. Vitoria foi a 6ª capital com o maior aumento nos preços.
 
Em Curitiba, o índice subiu nos 12 últimos meses, 12,08%. Em Rio Branco, subiu 11,97%. Em Campo Grande, subiu 11,26%, em São Luiz, subiu 11,25%, em Fortaleza 11,20%, na Grande Vitoria 11,07%, em Goiânia 10,54% e em Porto Alegre 10,42%. No Rio, o índice subiu menos, resultou em 8,09%.
 
Neste ano, até a presente data, o preço da gasolina subiu 31%, o etanol subiu 40,75% e o diesel 28%. O botijão de gás subiu 30%.
 
As expectativas para os meses restantes do ano não são nada animadoras levando em consideração que o cenário econômico tem sofrido com notícias econômicas internas e externas desfavoráveis.

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