Há doze anos tive a oportunidade de participar de uma degustação de lançamento do Invisível, um desconhecido vinho português. O seu nome, muito sugestivo e de uma criatividade de dar inveja aos publicitários de plantão, ao qual me incluo, quando o Diretor Executivo da Ervideira, senhor Duarte Leal da Costa, em reunião com sua equipe técnica ouviu do seu colega e colaborador, Pedro Roma: “este vinho é espetacular, ainda que não tenha cor casa bem com os pratos pela imensa força que tem. É um vinho invisível”. Sugestão acatada, imediatamente, pelo diretor executivo da empresa. Parabéns, Pedro, Duarte, Nelson Rolo, enólogo responsável pela produção do vinho e toda a equipe da Ervideira pela escolha e decisão de batizarem o vinho com este sugestivo nome. INVISÍVEL.
O ano do lançamento do primeiro Blanc de Noir de Portugal foi 2009 e o dia foi primeiro de abril, o dia da mentira.
Recordo-me como se fosse ontem do dia do lançamento quando Duarte fez a seguinte pergunta: o que os senhores acharam do vinho? Como ninguém dos presentes se manifestou, com toda minha timidez, respondi interessante, um vinho branco com características de um tinto – aroma e paladar –, foi quando, Duarte, respondeu muito boa sua observação. Agora vamos baixar um pouco mais a temperatura do vinho para 12ºC, (havíamos bebido a 18ºC), aí os senhores perceberão que estarão degustando um vinho branco, produzido a partir de uvas tintas. Foi uma surpresa e tanto para todos.
Fiquei intrigado, mas, quando o vinho foi servido na temperatura de 12ºC, incrível, estávamos degustando um vinho branco, ou seja, o Invisível é um vinho que podemos chama-lo de flex ou mesmo híbrido, como acontece com os veículos que se utilizam mais de um combustível para se locomoverem. Na temperatura mais baixa ele se comporta e se harmoniza com carnes brancas e elevando-se a temperatura, harmoniza-se com carnes vermelhas. De teor alcoólico de 13,5% por volume, tem notas de chá, frutos secos e de pera, um vinho em tudo diferente de qualquer outro vinho branco, segundo informações de Nelson Rolo.
Pois bem, caros leitores, o Invisível se tornou o queridinho da empresa, e desde então tem sido um dos tops de vendas da Ervideira, e, sem sombras de dúvidas, o seu vinho bandeira.
Num encontro online, por conta da pandemia, foi apresentada à imprensa a 12ª Edição do Invisível, também no dia primeiro de abril deste ano de 2021, mantendo-se a tradição de lançamento da 1ª Edição.
De acordo com Duarte Leal da Costa, Diretor Executivo da Ervideira, “o INVISÍVEL é, sem dúvida, dos grandes sucessos da Ervideira. Quando em 2009 lançamos a primeira edição, sabíamos que tínhamos em mãos um produto de enorme qualidade, de elevado requinte, e que os consumidores iriam querer comprar e recomendar a todos os seus contactos. Passadas 12 edições, a certeza mantém-se e se à época apresentámos 9.000 garrafas ao mercado, hoje falamos em 80.000 garrafas, o que mostra o seu crescimento ao longo destas edições e note-se que teríamos mercado para mais. Nestas 12 edições ultrapassamos as 650mil garrafas de INVISÍVEL”.
Este ano a empresa plantou nove hectares de Aragonez, o que lhe permitirá ter mais 15.000 garrafas na 13ª edição deste vinho.
O leitor e apreciador de vinho que ainda não teve a oportunidade de conhecer o Invisível, minha sugestão é que o conheça e deguste um vinho branco produzido a partir da uva tinta Aragonez de sabor inigualável. Eu recomendo.
Até a próxima coluna, e, lembrem-se: se dirigir não beba!
Paulo Angelo
Publicitário, amante das artes, cinéfilo e enófilo. Escreve sobre vinhos desde 2013.
Incrível a história do Invisível, espero ter a oportunidade de degustá-lo.
Obrigado Alessandra pela leitura e comentário. Vale muito a pena degustar o Invisível, tenho certeza que irá encontrar a oportunidade de apreciá-lo.
Um bom vinho e uma boa conversa com um bom amigo. sucesso Paulo.
Obrigado Shirley pela leitura, comentário e incentivo.
Abraços,
Paulo Angelo.
Paulo Ângelo, meu caro, revendo suas colunas, deparei com o Invisível, um vinho suprrendente. Conheci-o através do Anilson e do João Mendes, da Wine Vix, em frente ao Day by Day.
Que coisa! Já o degustei naqueles 8 graus recomendados para brancos, espumantes e afins, mas não acreditei quando isprimentei uma taça à temperatura ambiente, como o Anilson me mostrou certo dia. Ele também, apesar de véi no mercado, ficou surpreso com o resultado.
Abração do Oleari
[email protected]