Todo ano, ao chegar o mês de março, todos os olhares e comemorações estão voltados para o Dia Internacional da Mulher, por todos os símbolos e significados referentes à luta de bravas mulheres guerreiras que deram causa à criação dessa significativa data.
Eu, como tantas outras milhares de mulheres anônimas espalhadas pelo mundo, mulheres essas que vivem suas batalhas diárias, como filhas, mães, avós, profissionais, pessoas que cuidam de pessoas, trago aqui uma reflexão sobre o meu sentimento e realização enquanto mulher e eterna guerreira.
Eu insisto no termo MULHERES ANÔNIMAS!Exatamente!
Porque essas mulheres invisíveis, sem oportunidades, fazem parte desse batalhão de guerreiras, porém, sem que possam expressar suas ideias, sem acesso a cultura, saúde, educação, sem oportunidade de criar seus filhos como desejariam e vê-los crescer com saúde, educação, longe da violência que assola as grandes cidades.
Diante disso, me espelhando no exemplo dessas mulheres,posso afirmar que, mesmo tendo todos os recursos e possibilidades, eu também tenho minha história.
Eu tive minhas dores? Sim! Tive!
Mas o mundo me abraçou e me abrigou nos momentos de dor e superei cada uma delas.
Tive espinhos? Sim! Tive!
Mas retirei cada um deles e cultivei apenas as rosas!
Tive calos? É claro!
Afinal, quem não os tem? Mas curei cada um deles e superei as dificuldades.
Pedras no caminho? É claro que encontrei!
Porém, nunca tropecei em nenhuma delas!
Fui racional e utilizei cada uma dessas pedras para construir a mulher que eu sou.
E por que eu ressalto isso?
Porque deveríamos lembrar dessas mulheres guerreiras, daquelas que se sacrificaram por nós, com suas tarefas, compromissos, obrigações, responsabilidades, e com a sua carga emocional no equilíbrio e sustentáculo da família, valorizando e homenageando não apenas o que somos, a casca, a capa. Mas reconhecendo tudo o que fizemos nesse caminho construindo pessoas, dando suporte a outras pessoas para crescerem e se fazerem importantes em um cenário cruel de um mundo hostil!
E, se temos uma data a comemorar, não podemos esquecer daquelas que deram a vida por essa causa! Mulheres que lutaram pelos direitos trabalhistas que eram negados às mulheres, em busca de oportunidades iguais para todos, sem discriminação de gênero, raça, e outras formas de negação aos direitos.
O que comemoramos é resultado de tudo que elas fizeram,ideias que foram plantadas, e imposições que resultaram no fortalecimento das mulheres, de uma forma simbólica que resgate essa força da mulher guerreira.
E lembremos que, se hoje, podemos definir nossos caminhos, decidir o que desejamos ser ou fazer, essas nossas conquistas nos dão suporte para buscar atingir nossos objetivos, seguindo sempre o exemplo daquelas guerreiras que acreditaram ser possível colocar seus talentos em evidência, se fortalecendo em busca de superar os desafios impostos, independente da condição mulher.
Todas nós já derramamos lágrimas!
Mas somos seres emocionais e nossos sentimentos ficam mais aguçados, principalmente quando mexem com nossa família e nossos filhos.
Os aborrecimentos fazem parte do aprendizado e amadurecimento necessários.
Rugas? Eu tenho! E por que não?
Eu tenho orgulho delas porque são elas que contam melhor a minha história, sem necessidade de escolher palavras! Elas são as linhas da história de vida que eu construí até aqui!
Tudo que eu vivi e vivo, desejo que sirva de exemplo e motivação na construção dos caminhos de novas mulheres guerreiras, que sejam mães maravilhosas, excelentes filhas, avós queridas, seres de primeira grandeza, além de serem profissionais de excelência!
É o que se espera de uma mulher completa!
Um ser em constante aperfeiçoamento!
É o que sinto!
Norma Marques
Advogada – Produtora e Gestora de Eventos – Cerimonialista – Professora de Etiqueta e Boas Maneiras – Palestrante – Professional Training – Filiada ao Comitê Nacional de Cerimonial e Protocolo – Presidente do Instituto Brasileiro de Cerimonialistas.
